Passados que vão quase
dois meses desde a minha última publicação, reitero o que escrevi, tudo o que escrevi nestes últimos cinco anos
mais tudo aquilo que os precedeu e mantenho-me resiliente e em vigília, não
o escondo e ao encontro do verbalizado por um Amigo meu, em blackout como em comentário já o
anunciava na minha página anterior.
Blackout ou bloqueio de informação transmitida à comunicação social, como o define
o Dicionário Priberam, neste caso aquela veiculada virtual ou mediaticamente,
por parte de uma figura pública que o sou
e independentemente do seu peso ou dimensão, logo por comunicar utilizando
suportes que são públicos tais como o meu mural ou este blogue não
deixam de o ser.
Não se tratando de uma crise
de criatividade, afianço-Vos que, no meu caso, não menos difícil do que escrever,
muito antes pelo contrário, é permanecer em público silêncio, apenas aqui, agora
e à laia de posfácio quebrado para
reforçar esta atitude de blackout em
que permaneço.
O silêncio desencadeado
por este meu blackout, estou certo, é
portador de tanta ou mais informação do que toda aquela e já é muita, que até hoje e pela palavra escrita, por ventura igualmente
silenciosa, Vos transmiti.
O meu silêncio, não sendo
sinónimo de qualquer indiferença da minha parte, é tão empenhado ou envolvente
como tudo o que, por estes meios, até Vós me conduziu.
Por sua via me consubstanciando, constituinte e fundacional, em reserva
estratégica, permanecerei, pois e a menos que
por imponderáveis fatores se justifique o contrário, nesta silenciosa
atitude de blackout, em si mesma, tão
musical como tudo aquilo que eu já escrevi.
Vosso
sem a expressão silenciosa da palavra, pelo não menos expressivo
silêncio se afirma e fermenta, agora, a minha convicção que não esmorece e que,
nem por isso, inibe os visitantes que a este meu blogue continuam, de fio a
pavio, a confluir
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Fevereiro de 2014