Na minha terra sou um estranho
da guerra fujo desde antanho
desarmadilho os receios
semeio o verbo em canteiros
Na minha língua seus veios
não têm limites fronteiros
com ela me aparto e retenho
o refúgio do assanho
Por abismos ribanceiros
revolvo a terra e a um lenho
limo arestas que são freios
Abre-se a terra e o meu senho
descanso dá aos forasteiros
na paz que buscam e a que venho
dos refugiados que nós todos, afinal, o somos ou não estivéssemos
por cá de passagem
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Setembro de 2015
2 comentários:
soneto de muita paz
refugiados da dor nesta passagem, nesta margem, porque o medo do estranho mata mais do que as guerras
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. e somos . todos e sem excepção .
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. e a.penas e só .
. breves hóspedes deste planeta que nos hospeda . por tempo determinado .
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. abraço.O .
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