Do nada esgravato e encontro tudo
o que por aqui me não deixa mudo
e que num suspiro por fim grudo
em palavras que retiro de meu ludo
Do nada tudo sai como uma estaca
a assinalar um percurso que de mim saca
aquilo que de meu âmago como faca
recorta do vazio o que em mim se abarca
Do nada eu me ergo e desgrudo
um marco de um caminho que procuro
de som que do silêncio vem do fundo
Do nada em música se destaca
lamento de saudosa melodia
que me enche plena a alma de euforia
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 1 de Fevereiro de 2016
1 comentário:
plena a poesia!
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