Richard Diebenkorn, Berkeley No.57, 1955
- bem-hajas, que mais queres que te diga? –
( como poderia eu recusar um bem-haja, não é coisa que se faça, aceita-se
sempre. Gratificado, aceita-se sempre uma boa intencionalidade que nos seja
transmitida mas que mais eu quero? Uma resposta substancial! )
- triste e mal agradecido, se não respondo é porque não
respondo, nem por isso te calas, se respondo é porque respondo e lá segues tu a
falar sozinho! –
( que queres, de substancial tenho que quer seja contigo e o teu bem-haja
ou quer seja contigo e o teu silêncio, a inspiração não se interrompe e é essa,
também, a riqueza da Democracia e de quem nela se conforma: neles há respostas substanciais
para tudo e o seu inverso. Já o contrário que não se substancializa e quanto
mais o tempo passa, num bem-haja, julgando que resolve mais pode,
eventualmente, complicar e comprometer-se. É que se queres o meu bem-haja,
para o bem do Povo, melhor terás tu de agir e
tanto mais quanto a posição que ocupas sem me deixares, tão pouco, à míngua
já que no um se vê o todo e mesmo se lhe chamas Povo tal como a este é pelo um que se abraça. Um bem-haja
é uma poderosa saudação, reconhecimento, só falta que da tua parte o concretizes e pelo menos numa
coisa concordo contigo: imagem e reflexo são bem mais substanciais ou complexos
do que à primeira vista podem parecer, por isso e porque nenhum sinal expresso
me é dado em contrário, nesta minha veia ininterrupta, o único poder que me assiste, teimo em
persistir. )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Junho de 2016
1 comentário:
bem hajas! que és muito teimoso, homem :)
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