segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

DEFESA DA MINHA PÁGINA ANTERIOR













das entrelinhas que dela se abrem, abrem e não fecham


Do que me parece sobre o que, em diálogo com o Papa, Lhe escrevi na minha página anterior:
Ao seu apelo de oração por que se transmita a fé em diálogo com a cultura, respondo-Lhe com a questão essencial, primordial, chamei-lhe no meu blogue que, em simultâneo, sendo cultural é, também, uma questão de fé e/ou não fé, aquele a que chamaria o diálogo dos diálogos culturais.
De fé e/ou não fé já que uma não vive sem a outra e Deus sem ambas!
Havia mesmo de se invocar o Santíssimo se Nele não houvesse quem não crê-se e se, portanto, constituísse uma clamorosa evidência!
A questão de crer ou não crer que poderia ser considerada como estando na génese de toda a conflitualidade entre religiões e culturas, no meu curto texto, intelectual e/ou culturalmente, num ápice, a resolvo pondo a nu, essa sim, uma evidência e pleonasmo à parte, no induzido elogio da separação de poderes abrindo espaço, consagração reforçada à laicidade, nomeadamente, a dos Estados hoje tão questionada, vista a partir da perspetiva do crente e ao encontro dos desejos do Papa - não nos esqueçamos que é no Novo Mundo que reside o dilema com que a Igreja se defronta, tanto mais quanto na concorrência com outras que lhe vão levando a palma e que, simbolicamente, à eleição de um Papa sul-americano justificou - num breve texto que é, em simultâneo e em si mesmo, um ato de fé quanto de cultura sem deixar o encargo por mãos alheias!
E instando à Paz que, na laicidade, apenas nela lhe está implícita, neutralizando, intelectualmente que é por aí que tudo começa, o terror.
















Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Janeiro de 2019







2 comentários:

manuela baptista disse...

a defesa também é um acto de cultura


contra o terror, a luz! obriga os curtos de vista a pestanejar

Jaime Latino Ferreira disse...

Comentários escritos no Facebook religando as pontas que, eventualmente, terão ficado soltas:

Aos meus leitores ( 1 ):

Há coisas que se tornam evidentes mas, primeiro, têm de ser formuladas e foi o que eu fiz.

( quantos não creem na rejeição de O temerem e quantos Nele creem na angústia de não crerem? )

JLF

Manuela Baptista: ad infinitum subsiste Ele, quer a gente queira ou não queira, quer a gente creia ou não creia

Jaime Latino Ferreira: Manuela, pois, mas isso dizes tu como eu que Nele cremos, só que ad infinitum pode ser, também, entendido na dimensão humana tal como pelos séculos dos séculos e aí a coisa muda de figura ou melhor, a dúvida sobre a Sua existência perdura ad infinitum, dúvida essa que, convenhamos e mais uma vez é o crente que fala, O revigora.

Aos meus leitores ( 2 ):

Na laicidade que, no primado da dúvida favorece tanto a racionalidade quanto a investigação científica e que revigora, em simultâneo, a convicção, as condições necessárias ao florescimento das artes e, logo, da cultura.

JLF

Aos meus leitores ( 3 ):

As invioláveis privacidade quanto intimidade que na laicidade, nomeadamente, a dos Estados, encontram na dicotomia crer/não crer as condições para o seu pleno florescimento, favorecem o inquebrantável desenvolvimento cultural ao qual não há partícula elementar quanto Deus impiedoso que sejam capazes de abalar

JLF

Jaime Latino Ferreira: Manuela, obrigado pelo esforço suplementar a que me instaste! Beijinho