Picasso, La Paloma De La Paz sendo que a Paz é livre ou
não a será de todo
vivo na silenciosa prisão da Liberdade
porque a palavra escrita é silêncio prenhe de expressividade ao ponto de se
poder converter, organizado, no seu simétrico sonoro ultrapassando as aparentemente
intransponíveis fronteiras da superfície espelhada que em si mesma é
porque à palavra assim dada me encontro amarrado num encadeado que às
masmorras as fazem zombar de inveja uma vez que esta última é um sentimento
próprio de quem à Liberdade a amesquinha
porque a minha prisão silenciosa, feita em nome de e pela Liberdade, é
livre, logo, auto consentida
e ao viver assim a troco de quantos custos, só eu e os meus mais próximos o
sabemos, as algemas quebram-se e o pensamento, verdadeiramente, flui tão solto
que ao mundo e às estrelas do universo os abarca
tão mais solto quanto pelo silêncio escrito, presente sim, pelo silêncio
omisso, ausente não, fica preso, amarrado, agrilhoado à Liberdade
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Outubro de 2015
1 comentário:
um canto ao mundo e às estrelas, embora pareça que não
muito bonito!
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