A eficácia do que é explícito deixa, muitas vezes, tudo a desejar …
Alguém afirma, ufano, não ser um menino do coro e logo lhe cai o menino e o coro, o Carmo e a Trindade em cima que assim se vê obrigado, engasgado, torpedeado a engolir!
Por outro lado, escrevo sobre alguém e quem será esse alguém!?
Esse alguém sabe que foi ele, outros implicitamente deduzirão quem ele é, mas poder-se-á afirmar que esse alguém é x, y ou z e pesem todas as coincidências espaço/temporais que ao que sobre esse alguém escrevo e para quem esteja atento, convergem no que tenha dito!?
Poderá esse alguém processar-me do que sobre ele, eventualmente, tenha escrito!?
A mim é que não me tomará ele por incauto, incauto ao ponto de não salvaguardar as minhas próprias defesas …!
E fui menino do coro, sim e depois!?
Que julga ele, que nasci ontem como ele!?
Que, como ele, na ânsia de protagonismo o desejo ter a troco de tudo ou nada!?
Ou sem que esse protagonismo se balize em terreno seguro sem o qual este se esfumará perante a chacota geral?
Sem que, ao que desse episódio escrevi, medisse bem a gravidade do sucedido ou a pertinência em sobre ele me pronunciar e como escrever, vindo, para mais, de quem vem nas responsabilidades que enjeitou, escarrapachando tudo na praça pública na ânsia de se safar e sem olhar a quem, nem aos meninos do coro os poupando tão pouco!?
Enchi o copo e zás!
Zás num silêncio musical bem medido!!
Afinal, o que é que os meninos do coro têm a ver com isso!?
Têm apenas na medida em que não dão tais fífias!
Mas com uma coisa temos nós todos a ver:
Há situações, preocupantes como o são pelo terreno em que se desenvolvem e que, afinal, a todos nos afectam, que não se compadecem com protagonismos de quem os deseje ter mas não está à altura deles!
E que arrepiante, no caso, isso não pode ser!?
a propósito de Quando os Galões Caem aos Pés publicado no mural do meu facebook e que, aqui, também Vos deixo
CALAI-VOS
Calai-vos
que dessas bocas
só sai
baboseira
sem ai
sem medir
o que vos trai
de tanto que não sabeis
Calai-vos
que nas parangonas
vos enterrais
marafonas
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 30 de Julho de 2011