Cruzeiro Seixas
Onde fica essa janela de esperança
de oportunidade
Diante dos sacrifícios que são exigidos aos mesmos de sempre
vox populi dixit
onde não sobra a possibilidade de redenção que a Democracia
que não pode ser decapitada
tem de oferecer
Sob pena de esta se instilar
contaminar ainda mais da ácida desconfiança corruptiva que aos mesmos de sempre diz poupar
não nos poupando estes
supostamente pagos a peso de ouro
às suas intermináveis sentenças
E agora
Que novas derivas ao sabor dos por demais conhecidos desmandos participativos
que a História
à saciedade
ensina onde conduzem
E pese a necessidade da crescente participação cidadã
E agora Europa
Mundo que te observa
por onde quereis ir
Escrevo por mim
Guardo-o
congruente e de há muito
aqui comigo
diante da interminável austeridade cada vez mais exigida, na austeridade de pontuação que Vos desafio a subentender
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Outubro de 2011
4 comentários:
e agora?
intermezzo para uns
vidas adiadas para outros
a pontuação é o despudor com que se esmagam suburbanos governantes que não merecem a ponta de um ponto de um verso, bonito, por sinal
Mas que teimoso!
Eu já te disse onde é que fica a janela da sala...
quem te mandou pô-la tão pequena?
E agora amigo? Não sei...
Sei que nada pode continuar como
está? Que deveríamos obrigar a
culpar os responsáveis e a
"aliviar" os que menos podem de
uma crise de que não culpados...
Mas é toda a Europa...então é
porque algo MUITO GRAVE aconteceu
e tem que ser INVERTIDO...
Parabéns pelo seu poema.
Um abraço
Irene
Jaime...
" E agora, José (...)" , escreveu José Cardoso Pires.
A mim, cresce-me na boca um sabor, crescentemente amargo, de injustiça. Que farei com ele?!
Arregaçarei mangas para estender os braços. Não deixarei que, neste azedume, caia alguém que esteja ao meu alcance.
Um abraço daqui para aí :-)
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