Ousadia extravagante esta a minha
de achar poder-vos dar o que continha
na escrita o que sou como semente
a germinar igual à minha mente
Como se nela coubesse de repente
inteiro e a desaguar em tanta gente
como se não mudasse aquilo que tinha
por garantido e imóvel na escrivaninha
Pura extravagância que sozinha
pudesse aprisionar escrito o que tente
sem mais vazão a dar ao que se invente
Já que toda a água do rio sente
que uma vez passada adivinha
não poder voltar como antes vinha
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Outubro de 2011
4 comentários:
Jaime, ao contrário da água que apenas passa uma vez pelo mesmo sítio, a palavra permanece, inviolável, marcante, ecoando infinitamente em nós.
As suas, são possantes.
abraço
oa.s
nunca vai
o que apenas vinha
seja água homem ou nascente
na infinita extravagância da ousadia
na mágica adivinha do presente
.
muito bonito ousado escrivador!
Jaime
Meu amigo
"
Já que toda a água do rio sente
que uma vez passada adivinha
não poder voltar como antes vinha "
e à água que volta, outra gota de água se lhe acrescenta, porque grande é o rio que não se deixa cumprir nas margens.
Beijinhos
Enviar um comentário