Duy Huynh, One step at a time
Era uma vez um país
fechado ao Mundo e do qual ninguém ou muito poucos sabiam o que nele,
verdadeiramente, se passava.
A ferro e fogo, hoje, esse
país fratura o Mundo e do que nele venha a suceder assim também a sua como a
nossa sorte.
A sorte do Mundo.
É no fio da navalha que
nos movemos.
A esse país, de facto,
ninguém ou poucos o conhecem.
Os seus dirigentes
parecem-se com distintos europeus mas, o que lá se passa …
Europeus!?
Aqueles que só sabem andar
no fio da navalha!?
Ai se os europeus,
solidários e concertados, dessem, pelo exemplo que deles se projetasse, uma
saída ou um caminho dignos de ser percorridos!
O que se passa nesse país
divide a Europa e o Mundo e põe-nos,
a todos, no fio da navalha.
As suas cidades
desmoronam-se como castelos de cartas, os seus cidadãos quando não são, pura e
simplesmente, chacinados, estão em fuga e a impotência geral, essa, não se
atreve a dar um passo a descoberto com medo da deflagração que dele se possa,
não apenas desencadear como alastrar.
Era uma vez uma ideia,
essa a de um país, no fio da navalha e em erosão acelerada.
Quantos países, a pulso
não se ergueram ou se desmoronaram à custa da desgraça geral?
Era uma vez um país, esse
sim e ao que parece, com armas de destruição maciça.
Era uma vez um rastilho
sem fim à vista que se anteveja.
Por quanto mais tempo?
País!?
No fio da navalha, que
ideia mais contraditória essa a de, como bichinhos, marcarmos um território
comum ou, por ele, matarmo-nos uns aos outros seja por que supostos ideais for
já que nada o justifica, num tempo de globalização, de unificação que deveria
ser pacífica e concertada, democrática, entre todos os povos do Mundo.
Deixai-vos de selvajarias e exponenciai as culturas de que as línguas são, não apenas a
sua expressão, mas uma entre as suas mais valiosas riquezas:
As línguas e, antes delas,
os seus falantes!
De todas as riquezas
aquelas que, à outrance, dos países, verdadeiramente, importa
preservar.
Em nome da Paz!
one step at a time
look behind
and dance with loving words
in your mind
país ou estado nação, esse paradoxo que em si mesmo encerra os piores dos
fanatismos neles incluídos os mais abjetos antissemitismos que se acirram e,
por outro lado, os traços culturais dos povos e os fundamentos das sociedades
democráticas
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 1 de Agosto de 2012