quarta-feira, 22 de agosto de 2012

DAS FÉRIAS – NO FIO DA NAVALHA

Duy Huynh, One step at a time


 

Era uma vez um país fechado ao Mundo e do qual ninguém ou muito poucos sabiam o que nele, verdadeiramente, se passava.
A ferro e fogo, hoje, esse país fratura o Mundo e do que nele venha a suceder assim também a sua como a nossa sorte.
A sorte do Mundo.
É no fio da navalha que nos movemos.
 
A esse país, de facto, ninguém ou poucos o conhecem.
Os seus dirigentes parecem-se com distintos europeus mas, o que lá se passa …
Europeus!?
Aqueles que só sabem andar no fio da navalha!?
Ai se os europeus, solidários e concertados, dessem, pelo exemplo que deles se projetasse, uma saída ou um caminho dignos de ser percorridos!
 
O que se passa nesse país divide a Europa e o Mundo e põe-nos, a todos, no fio da navalha.
As suas cidades desmoronam-se como castelos de cartas, os seus cidadãos quando não são, pura e simplesmente, chacinados, estão em fuga e a impotência geral, essa, não se atreve a dar um passo a descoberto com medo da deflagração que dele se possa, não apenas desencadear como alastrar.
 
Era uma vez uma ideia, essa a de um país, no fio da navalha e em erosão acelerada.
Quantos países, a pulso não se ergueram ou se desmoronaram à custa da desgraça geral?
Era uma vez um país, esse sim e ao que parece, com armas de destruição maciça.
Era uma vez um rastilho sem fim à vista que se anteveja.
Por quanto mais tempo?
 
País!?
No fio da navalha, que ideia mais contraditória essa a de, como bichinhos, marcarmos um território comum ou, por ele, matarmo-nos uns aos outros seja por que supostos ideais for já que nada o justifica, num tempo de globalização, de unificação que deveria ser pacífica e concertada, democrática, entre todos os povos do Mundo.
Deixai-vos de selvajarias e exponenciai as culturas de que as línguas são, não apenas a sua expressão, mas uma entre as suas mais valiosas riquezas:
As línguas e, antes delas, os seus falantes!
De todas as riquezas aquelas que, à outrance, dos países, verdadeiramente, importa preservar.
 
Em nome da Paz!


one step at a time
look behind
and dance with loving words
in your mind
 

país ou estado nação, esse paradoxo que em si mesmo encerra os piores dos fanatismos neles incluídos os mais abjetos antissemitismos que se acirram e, por outro lado, os traços culturais dos povos e os fundamentos das sociedades democráticas
 

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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 1 de Agosto de 2012
 
 
 

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