Igor Lihovidov, Fall Color Stories
Porque será que,
invariavelmente, aqueles que a mim me parecem ser os meus textos mais
acutilantes e profundos como este último, plataforma estratégica global
que escrevi, afinal, são também aqueles que menos reações suscitam?
São aqueles que
desencadeiam menos likes ou gostos ou
menos comentários, visitas, eventualmente?
São aqueles que provocam,
aparentemente, maior indiferença?
Perpassa-me, muitas vezes,
a sensação de que as pessoas vivem de tal modo submersas nas suas mais do que
compreensíveis circunstâncias que delas são incapazes de se distanciar, fechadas
que ficam nas suas modorras.
Generalizar é sempre um
pau de dois bicos e, imagino, quem me ler tenderá a não se rever naquilo que
acabei de escrever, no entanto …
No entanto, ai de quando a
reflexão sai dos cânones habituais fazendo apelo a isso mesmo, à reflexão e não
menos à sistematização ou, se quiserdes, ao distanciamento do nosso comum
rame-rame ou das nossas pequeninas ainda que mais do que legítimas, esmagadoras
e prioritárias agendas particulares.
É incómodo, eu sei.
Mas, quando tal acontece, fico
sempre com um amargo de boca que a mim mesmo, em ricochete me atinge, como se a
mim próprio me interpelasse:
Então, Jaime, desorbitaste
ou quê?
E é aí que leio e releio
procurando pontas soltas naquilo que escrevi ou qualquer coisa que ao meu
raciocínio o torne menos consequente, estruturado ou, quiçá, mais nebuloso.
E não o encontro!
Porque será …?
Por todas as razões
enunciadas e por mais uma:
Não sou daqueles que
visitam os outros para que os outros me visitem a mim.
Nem me sobraria tempo para
o que quer que fosse quanto mais para aquilo que escrevo e que para mim muito
embora, julgo, não apenas para mim, tem absoluta prioridade.
Opções.
Os meus textos ou valem
por si ou não o valerão de todo!
obrigado a todos a quem esta minha sensação sempre os
constituem como honrosa exceção
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 1 de Fevereiro de 2013
1 comentário:
Eu então reajo, a maior parte das vezes com uma salto
não te podes queixar
Enviar um comentário