aus der Tiefen rufe ich, Herr, zu dir = das profundezas clamo por Vós,
Senhor
um dos problemas que afeta todas as religiões consiste em
que elas se constituem muito mais como guardiãs dos costumes, coisas da esfera
temporal, do que em guardiãs do Santo ou dos Santos Nomes e, logo, da
sacralidade, da inviolabilidade da pessoa humana o que não tem a ver,
senão no seu cerne, no simbólico amiúde adulterado, com o consuetudinário
uma vez vencido este espartilho em que as religiões vivem
enredadas, enredadas pelas conveniências temporais, pela gestão de
sensibilidades ou pela mais pura e dura politiquice que outras e universais,
abrangentes, poéticas leituras não se extrairiam e abririam, libertariam a
partir de todos os textos sagrados por esse espartilho quartados da holística,
da ética como da estética?
quem assim escreve é alguém profundamente religioso e
inconformado com a captura das religiões por mais ou menos inconfessáveis propósitos que a estes lhes confere prova de vida que tantas vezes no mais
elementar desrespeito pela vida humana se consubstancia
* contrariando choques de culturas, a xenofobia e, em suma, o medo,
enquanto o que aqui escrevi não for encarado e de frente por todas as
religiões, a luta contra o terror não passará de uma miragem e não será levada
de vencida *
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 25 de Novembro de 2015
2 comentários:
Daí a necessidade urgente de apurar a qualidade humana e espiritual de uma forma lúcida sem adulterar o propósito das religiões.
Um abraço para si.
e assim seria a dimensão metafísica do Homem
e não, ongs, ninhos de terroristas ou inquisições várias
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