Chris Dixon, Sunrise
Qualquer dia, bastará que seja lançado um qualquer movimento numa rede social em interface com outras redes para que este venha, por uma qualquer oportunidade que lhe surja associada, a abalar os fundamentos de um estado, criado o caldo susceptível de a desencadear e por mais democrático que ele, esse estado, o seja.
A nova glasnost a que, no oriente próximo, com toda a legitimidade, assistimos, quase incrédulos e que faz desmoronar autocracias umas atrás das outras, coloca na agenda esta eventualidade em relação à qual não adianta fugir e tanto mais quanto se acentuem os sinais de crise, económica, social e de representação política em que esse estado, democrático ou não, eventualmente, se veja mergulhado.
Estes factos, por si mesmos, dever-nos-iam levar a todos e, em particular, às democracias, apetrechadas que estão do contraditório que as deveria fortalecer, a reflectir seriamente.
Ah, dir-me-ão, mas um movimento, para que seja bem sucedido, não basta que surja de geração espontânea, tem de ser organizado e nele, uma qualquer autoridade terá de emergir!
Ah, contrapor-me-ão outros, mas uma autocracia é uma autocracia, outra uma democracia e ambos os casos, em si mesmos e deste ponto de vista, não são comparáveis!
Não o serão, pergunto-me ...!?
Os acontecimentos em curso no próximo oriente, é iniludível, vêm demonstrar a crescente importância do indivíduo, pelas ferramentas de comunicação ao seu alcance, no curso da História e dos acontecimentos a ela associados e tal facto, penso, não será necessário comprová-lo, salta por demais à vista.
Uma democracia, concordo, não é uma autocracia mas se nesta última tal pode acontecer o que impedirá de numa democracia, o sistema de representação possa vir a ser questionado, abalado e seriamente comprometido!?
Estas questões remetem para uma outra, a saber, qual é a fonte da autoridade, autoridade democrática, nunca é demais salientá-lo (!), autoridade sem a qual, qualquer movimento, por mais que surgido de geração espontânea, está, em si mesmo e por melhores que sejam as suas intenções iniciais, condenado ao fracasso?
E, a este propósito, direi apenas:
Por um lado, a autoridade assenta no direito legalmente estabelecido de alguém se fazer obedecer e essa legalidade ou existe, ou não existe;
Qualquer dia, bastará que seja lançado um qualquer movimento numa rede social em interface com outras redes para que este venha, por uma qualquer oportunidade que lhe surja associada, a abalar os fundamentos de um estado, criado o caldo susceptível de a desencadear e por mais democrático que ele, esse estado, o seja.
A nova glasnost a que, no oriente próximo, com toda a legitimidade, assistimos, quase incrédulos e que faz desmoronar autocracias umas atrás das outras, coloca na agenda esta eventualidade em relação à qual não adianta fugir e tanto mais quanto se acentuem os sinais de crise, económica, social e de representação política em que esse estado, democrático ou não, eventualmente, se veja mergulhado.
Estes factos, por si mesmos, dever-nos-iam levar a todos e, em particular, às democracias, apetrechadas que estão do contraditório que as deveria fortalecer, a reflectir seriamente.
Ah, dir-me-ão, mas um movimento, para que seja bem sucedido, não basta que surja de geração espontânea, tem de ser organizado e nele, uma qualquer autoridade terá de emergir!
Ah, contrapor-me-ão outros, mas uma autocracia é uma autocracia, outra uma democracia e ambos os casos, em si mesmos e deste ponto de vista, não são comparáveis!
Não o serão, pergunto-me ...!?
Os acontecimentos em curso no próximo oriente, é iniludível, vêm demonstrar a crescente importância do indivíduo, pelas ferramentas de comunicação ao seu alcance, no curso da História e dos acontecimentos a ela associados e tal facto, penso, não será necessário comprová-lo, salta por demais à vista.
Uma democracia, concordo, não é uma autocracia mas se nesta última tal pode acontecer o que impedirá de numa democracia, o sistema de representação possa vir a ser questionado, abalado e seriamente comprometido!?
Estas questões remetem para uma outra, a saber, qual é a fonte da autoridade, autoridade democrática, nunca é demais salientá-lo (!), autoridade sem a qual, qualquer movimento, por mais que surgido de geração espontânea, está, em si mesmo e por melhores que sejam as suas intenções iniciais, condenado ao fracasso?
E, a este propósito, direi apenas:
Por um lado, a autoridade assenta no direito legalmente estabelecido de alguém se fazer obedecer e essa legalidade ou existe, ou não existe;
Numa autocracia ela não existe!
Por outro lado, a autoridade deriva do valor pessoal e logo da importância que essa pessoa adquire, importância que em última instância remete para o mérito, esse tal valor comprovado que ou se tem ou não e que tem de poder ser mensurado, escrutinado em sentido amplo, não apenas e necessariamente pelo sufrágio universal mas pelo valor da Obra por essa pessoa realizada.
Ora o valor, o valor de uma obra não se comprova na instantaneidade das redes sociais qual labareda que deitasse fogo a uma pradaria.
É no tempo que ele se aquilata, é no tempo que ele se alicerça, é no tempo que ele se agiganta.
É no tempo que ele se constitui em autoridade ...
Por outro lado, a autoridade deriva do valor pessoal e logo da importância que essa pessoa adquire, importância que em última instância remete para o mérito, esse tal valor comprovado que ou se tem ou não e que tem de poder ser mensurado, escrutinado em sentido amplo, não apenas e necessariamente pelo sufrágio universal mas pelo valor da Obra por essa pessoa realizada.
Ora o valor, o valor de uma obra não se comprova na instantaneidade das redes sociais qual labareda que deitasse fogo a uma pradaria.
É no tempo que ele se aquilata, é no tempo que ele se alicerça, é no tempo que ele se agiganta.
É no tempo que ele se constitui em autoridade ...
... ou não!
E o tempo, esse, não se compadece com imediatismos voluntaristas de qualquer ordem que, eventualmente, substituam o que está por algo de pior ainda!
E o tempo, esse, não se compadece com imediatismos voluntaristas de qualquer ordem que, eventualmente, substituam o que está por algo de pior ainda!
Neste particular, apenas as democracias, pela iniciativa estratégica, estão aptas a encontrá-lo ...
Que se acautelem as autocracias mas ... as democracias também!
Não, não é uma ameaça que aqui deixo, antes tema urgente, candente de reflexão ...