Diana, DNA
A realidade tem tantas faces e esquinas que, à medida que a vamos abordando, ela vai-se revelando muito mais como cilíndrica ou esférica, espiralística do que como um poliedro.
a Malangatana, a profundidade pictórica de um continente e a Victor Alves, entre aqueles que verdadeiramente merecem uma referência póstuma e o respeito geral
Beyondness
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Janeiro de 2011
Malangatana
A realidade tem tantas faces e esquinas que, à medida que a vamos abordando, ela vai-se revelando muito mais como cilíndrica ou esférica, espiralística do que como um poliedro.
Reflexo da nossa própria matriz ...
As faces são tantas e tantas, desdobram-se de tal maneira, que a realidade se vai confundindo, na profusão de camadas em que se sedimenta, com a própria Terra.
Com o esférico do planeta Terra!
Com o movimento das esferas onde não há esquinas nem faces, apenas o rotativo e o transláctico, a galáctica vertigem universal.
A espiral do Universo ...
O curvilíneo transversal da escrita que me induz ...
Que ultrapassa o convencionalismo estabelecido.
Que grita que nada se resume ao que estratificado está e que tanto se tenta isolar em planos, alíneas, disciplinas, dimensões estabelecidas.
Que a realidade é muito mais vasta do que o convencionado e que sempre se tenta isolar do resto como se o resto não fizesse parte integrante do próprio convencional estabelecido.
Como se tudo não estivesse relacionado na interdisciplinaridade, na transdisciplinaridade que a abordagem do real, cada vez mais exige.
Como se, em décalage com as exigências da modernidade, alhos não tivessem a ver com bugalhos nos atalhos que os recompõem diante da complexidade geral.
Como se, quando falamos de Deus, na unidade indivisível do real, uns e os outros, nós todos não fôssemos, também, mais do que o somatório, a potência de todos os eus quais astros, elevada à infinita quantidade deles mesmos.
Como se o sonhado não fizesse parte do real e dele devesse ser alheado ou o conhecimento sensível, indutivo, devesse estar divorciado, à viva força, do dedutivo, divórcio contra o qual são as próprias ciências exactas a alertar ou de como a arte não pode ser apartada do conhecimento dito exacto que já se sabe que o não é!
Como se a escolástica devesse continuar a prevalecer numa obtusa obstinação a perder, aceleradamente, o sentido.
Como se ... mais cegos fôssemos do que a própria cegueira geral ...!
Não sendo uma amálgama indiferenciada, é claro e nunca é demais frisá-lo que, na realidade, há nela esferas próprias e hierárquicas de intervenção que importa, sobremaneira, preservar e salvaguardar, separar mesmo, mas umas e outras não deixam de, na sua indivisibilidade, interagir entre si e entre si com o todo.
Inevitável como a gota que na água se mistura com todas as outras!
As faces são tantas e tantas, desdobram-se de tal maneira, que a realidade se vai confundindo, na profusão de camadas em que se sedimenta, com a própria Terra.
Com o esférico do planeta Terra!
Com o movimento das esferas onde não há esquinas nem faces, apenas o rotativo e o transláctico, a galáctica vertigem universal.
A espiral do Universo ...
O curvilíneo transversal da escrita que me induz ...
Que ultrapassa o convencionalismo estabelecido.
Que grita que nada se resume ao que estratificado está e que tanto se tenta isolar em planos, alíneas, disciplinas, dimensões estabelecidas.
Que a realidade é muito mais vasta do que o convencionado e que sempre se tenta isolar do resto como se o resto não fizesse parte integrante do próprio convencional estabelecido.
Como se tudo não estivesse relacionado na interdisciplinaridade, na transdisciplinaridade que a abordagem do real, cada vez mais exige.
Como se, em décalage com as exigências da modernidade, alhos não tivessem a ver com bugalhos nos atalhos que os recompõem diante da complexidade geral.
Como se, quando falamos de Deus, na unidade indivisível do real, uns e os outros, nós todos não fôssemos, também, mais do que o somatório, a potência de todos os eus quais astros, elevada à infinita quantidade deles mesmos.
Como se o sonhado não fizesse parte do real e dele devesse ser alheado ou o conhecimento sensível, indutivo, devesse estar divorciado, à viva força, do dedutivo, divórcio contra o qual são as próprias ciências exactas a alertar ou de como a arte não pode ser apartada do conhecimento dito exacto que já se sabe que o não é!
Como se a escolástica devesse continuar a prevalecer numa obtusa obstinação a perder, aceleradamente, o sentido.
Como se ... mais cegos fôssemos do que a própria cegueira geral ...!
Não sendo uma amálgama indiferenciada, é claro e nunca é demais frisá-lo que, na realidade, há nela esferas próprias e hierárquicas de intervenção que importa, sobremaneira, preservar e salvaguardar, separar mesmo, mas umas e outras não deixam de, na sua indivisibilidade, interagir entre si e entre si com o todo.
Inevitável como a gota que na água se mistura com todas as outras!
a Malangatana, a profundidade pictórica de um continente e a Victor Alves, entre aqueles que verdadeiramente merecem uma referência póstuma e o respeito geral
Beyondness
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Janeiro de 2011
Malangatana
9 comentários:
arredondam-se as esquinas
a volta ao mundo seria impossível com a sua existência pontiaguda
assim
os barcos na realidade dos sonhos
levam-nos onde nós queremos ir
para dentro de um quadro ou de uma História
manuela
"...Como se ... mais cegos fôssemos do que a própria cegueira geral ...!..."
Deixo um abraço neste iniciar de ano, triste com o desaparecimento de Malangatana
MANUELA BAPTISTA
Os barcos levam-nos para dentro de um quadro ou de uma História ... para dentro da realidade!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Janeiro de 2011
MENINA MAROTA
Querida Amiga,
Um beijinho e um bom ano pesem todos os desaparecimentos cuja memória permanece viva!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Janeiro de 2011
REAL I
19 574 = + 84 visitantes!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Janeiro de 2011
ESTUDO
Passados quase dois dias, recorro uma vez mais a esta caixa e como, amiúde, tem acontecido ao longo da vida deste meu blogue, nela faço um esboço, estudo, rascunho de um texto que, eventualmente, irá preencher nova página que a esta se seguirá.
Saco à viva força das palavras, oiço-as e aqui as digito mais ou menos ininterruptas, mais ou menos reticentes e vou formatando-as em periodos sem ideias pré-concebidas.
Paro aqui, paro acolá e, aos soluços, à matéria da escrita vou-a vomitando.
Por vezes, tenho a sensação de que o filão se esgota o que, invariavelmente me angustia mas hoje não, apenas prossigo neste exercício num tira-teimas como quem previne engulhos, ansiedades a evitar.
Volto atrás, corrijo esta e aquela palavra, esta e aquela expressão e prossigo já com outro ênfase.
Paro de novo, no exacto momento em que o escrevo paro de novo.
Fico à espera ...
Abro outra janela e ponho o tema Beyondness, de John Barry a tocar em música de fundo, aquele que nesta Espiral acabei por escolher quando desejaria antes ter colocado um outro, aquele outro de Out of Africa do mesmo compositor!
E sigo no encalce da música das palavras ...
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em memória das vítimas das terríveis intempéries na região do Rio de Janeiro, na Austrália e no Sri-Lanka e de outras, de outra ordem de grandeza não menos terrível, como na Tunísia e na Costa do Marfim
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Janeiro de 2011
REAL II
19 634 = + 60 visitantes!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Janeiro de 2011
Olá Jaime,
Tarde que cheguei aqui mas ainda a tempo de me envolver nesta espiral de DNA. Passei por ela tantas vezes, mas só agora pude mergulhar na realidade esférica e vasta, ela própria uma espiral de diversidades enriquecedoras.
Estou consigo meu amigo, em todas as homenagens aqui prestadas e em todos os países aqui lembrados nos dias infelizes que atravesam.
Deixo-lhe um beijinho
Branca
BRANCAMAR
Querida Amiga,
Acaba de dar o impulso que me levará, de seguida, a publicar o rascunho que aqui esbocei!
Obrigado e um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Janeiro de 2011
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