Huong’s painting on display at the Peace Mural in Georgetown
Somos sempre tentados a
admitir armarem-se as mais diabólicas conspirações prontas que estariam a fazer
as nossas vidas num inferno.
Pelo contrário, já mais dificilmente
estaremos dispostos a admitir, quiçá, estar em curso uma conspiração pela paz.
Conspiração, não, porque
esta sempre pressupõe secretismo e opacidade, em si mesmos, ao arrepio da paz.
Corrijo:
Estar em curso uma
conjugação de linhas de força que se desenham e que apontam num mesmo sentido
em que eu, na minha insignificância, enfatizando todos os sinais que vão ao seu
encontro a eles somados, congruente e transparentemente, a minha atitude, faço
por potenciar.
Por paroxismo, titulei este
meu texto de conspiração mas, em rigor, do que se trata é de uma verdadeira
orquestração para a paz.
Orquestração ou
harmonização a vozes que se somam e que se ampliam, solistas, por naipes ou
coralistas a sublinharem, umas após as outras e confluentes, o imperioso e o
inadiável da paz.
Que assim venha a ser como
de há muito desejo e porfio e caso assim seja só poderá reverter no melhor para
todos nós ainda que, aparentemente, outras linhas de força dissonantes haja que
parecem induzir em sentido contrário.
Será que esta minha
hipótese não apenas tem pernas para andar como vende?
Oxalá as tenha e venda
porque de contrário, será que seremos merecedores da paz a que dizemos, em
teoria, tanto almejar?
E termino este meu
apontamento salientando:
A paz conduz a acrescida qualidade
de vida global e caso a primeira não se venha a efetivar e ainda que com custos
porque tudo tem sempre um preço, a segunda tenderá, mais e mais, a deslaçar-se.
insisto em olhar para além dos circunstancialismos que
nos constrangem afirmando a minha confiança num tempo em que esta parece
esboroar-se
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2013
3 comentários:
quem conspira, nunca conspira sozinho
e se não tiver pernas para andar, terá braços
Kriu?
A "Pomba Branca" do Max fica gira no teu texto sobre a Pax!
Gostas de tudo a condizer, eu cá não, sou toda diferente!!!
Kriu?
A São sempre foi de conspirar...
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