a rocha, meu escudo ou meu padrão
Que significado atribuir
quando, de súbito e ainda que discreta porque privadamente, as mais altas
instâncias do poder democrático e que eu não posso, senão, salvaguardar, ao que
escrevo começam a enviar-me, contida mas expressamente, o seu próprio e positivo
feedback por sua via se alterando um
padrão ao qual e há tanto tempo já me habituara, aquele do silêncio sem que,
por tal facto, ao longo dos anos me tivesse deixado corromper, intimidar ou
demover nos meus propósitos?
Nunca me deixei corromper,
intimidar ou demover, frise-se, ciente ou consciente porque, inclusive, capaz
de distanciar-me de mim mesmo e, portanto, de medir o alcance do que vos vou
escrevendo.
Mas há um padrão que
sub-repticiamente se começa a alterar.
Pergunto, de novo, como o
interpretar?
Acontece, até, a
personalidade institucional, não a sua página pessoal mas a institucional,
pedir-me amizade no facebook.
Coisa comum?
Não, não me parece nada
comum.
Habitual, quanto muito, é
o cidadão comum, esse sim, pedir amizade ao institucional e não o contrário.
Uma vez mais, repito, como
interpretar esses sinais?
Porque o que escrevo mexe
com quem me lê, estou em crer que os meus textos já não se conseguem conter
entre as portas daqueles que também são os meus destinatários, refiro-me aos
institucionais e dos mais diversos quadrantes político-parlamentares
calando-lhes fundo, isto é, impressionando-os ao ponto do movimento que os meus
documentos desencadeiam já me chegar, diretamente, até mim.
E estes novos dados,
porque paulatinamente se vão repetindo, já prefiguram um novo padrão de reação.
Na certeza de que em
relação a alguns desses destinatários institucionais o padrão que se prefigura
indiciará mesmo que já estarei na sua agenda, que mais se seguirá?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Abril de 2016
1 comentário:
eu não sei interpretar
e os homens, não se medem pela altura dos seus cargos, mas pelos actos que praticam
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