uma vez mais por mão própria e para que conste
deve e haver têm, entre si, uma relação dialética, porosa
e, logo, comunicante
deve e haver ou dos deveres e dos direitos
há direitos universais que devem, têm de ser, universalmente,
salvaguardados mas, posto isto que já não é pouco e para que eles, de facto,
não sendo estáticos se universalizem e
este é, verdadeiramente, o ponto, aprofundando-os no concreto do singular,
na balança de uns como dos outros, quanto mais aos meus deveres os cumpro mais,
por direito, me deve assistir
assim e perante o Institucional, se à esperança a alimento desde há
muito cavando-se, no que a ela lhe toca,
um défice institucional crescente para comigo, nesse acumulado, a que
direitos, então e legitimamente, deverei aspirar?
sim, na relação comunicante ou porosa, dialética entre deve e haver, o Institucional
acumula um pesado défice perante o crédito de esperança que não paro de
alimentar mesmo agora, aqui, no que há de vir e que daqui não se infira que,
assim sendo, a esse défice e para sempre o deverei arcar porque, então, alguma
coisa estará, irremediavelmente, desequilibrada nesse descompensado
balanceamento
no dia do trabalhador, em nome do meu trabalho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 1 de Maio de 2016
1 comentário:
É uma contabilidade em que a assunção do déficit é indissociável da natureza e do valor do trabalho.
É ele que o justifica, legitima e o valoriza.
Resolvê-lo seria negar todo esse valor acrescentado pela sua acumulação.
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