Soraya Hamzavi-Luyeh, Nomanden, 2010
Há a clarividência dos uns
com direitos de conquista
e há os outros informes
nos grandes números
estatística
Aos segundos
atoleiros
é dos primeiros
a vista
Dizem os mestres vezeiros
em simplórios devaneios
que os outros
se medem por grosso
sem alma no fundo de um poço
mas quanto aos uns
contraditam
se constam de seus cardápios
são o tempero dos sais
que os afirmam nominais
Só que os uns são como os demais
sem terem que dar-se a jejuns
porque os outros têm dos uns
não serem lugares-comuns
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Maio de 2016
1 comentário:
as umas e as outras, não fica tão bem, pois não? :)
clarividente poema!
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