Max Ernst, Virgem espancando o menino Jesus perante três testemunhas: André Breton, Paul Éluard e o pintor, 1926
Há uma voz infantil
que pueril
me canta ao ouvido
subtil
insistente e afinada
Chega
de ser mal amada
não quero mais
quero melhor
nem lata
cenoura ou chibata
Há uma voz infantil
que vibrada
se ergue na minha estrada
a propósito de todas as promessas que caindo por terra, como se vê, ao longo dos anos e na ganância do poder, não se conseguem fazer cumprir
( publicado em primeira mão no mural do meu facebook )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 17 de Setembro de 2011
6 comentários:
primeira mão...? o menino até tem as nalguinhas vermelhas
o poema
a voz
a ideia
está subtil!
O poema está fantástico.
A música, então, nem se fala.
E a tela...
Perfeita!
Sintonia total.
Parabéns!
Beijinhos que são doissss!
As promessas não deveriam ser sempre cumpridas? Se pelo menos caissem por terra, e dessem frutos... Não vingam, porque a terra da ganância é árida, regada apenas de egoísmo...
Abraço Jaime
Jaime
Meu amigo
São as promessas do mundo, que o mar guarda no fundo, bem lá no fundo. Abençoados aqueles que ouvem o mar e não se esquecem, das promessas do mundo.
Um abraço
Enviar um comentário