Se eu não for mais longe o que será do pouco que tenho e que a maré se encarregará de fazer submergir?
Se eu não persistir contra o oblivion quem, por mim, se encarregará de fazê-lo?
Se não investir contra as muralhas do esquecimento, quem, no meu lugar, o fará por mim?
Faço-o de há muito, escrevendo!
Como escrevia uma amiga minha palavras...leva-as o vento, mas a escrita ultrapassa as barreiras do tempo! Nunca se arrependa de escrever...é a única forma de ser relembrado no futuro e ao que ela me escrevia agarro-me, agora, com unhas e dentes neste momento menos bom!
O que está escrito, escrito fica e aqui, neste suporte, é o que importa reter:
Escrevo e ao escrever ergo a escadaria para lá da maré que permanentemente a desafia a deixar-se ir num irresistível afogamento!
Escrevo, escrevo e escrevo …
E quando escrevo sobrevivo, vivo para lá da circunstância cavalgando santos e demónios, apaziguando uns e aplacando os outros.
Escrevo, escrevo e escrevo …
… e ao fazê-lo cresço e mesmo se julgo minguar em astro obscurecido, baço e sem luz!
Escrevo.
na pessoa de Teresa Xavier, a todos os amigos que me apoiam
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 4 de Março de 2012
2 comentários:
essa do astro obscurecido, baço e sem luz
é da febre :)))
Pois escreva Jaime, se cresce e lhe faz bem, escreva e nós por aqui sempre que pudermos vamos caminhando consigo.
A imagem é muito linda. Ontem cheguei tarde de fora e já me tinha chamado a atenção esta maré e tinha que a vir ver.
Deixo beijinhos e passo à página a seguir.
Isto é que foi uma produção no fim de semana! A sua inspiração está em alta, em contrapartida a minha anda muito por baixo, está em fase de descanso, :))
Beijos
Branca
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