O meu soneto empurra-me e ao preto
noutras mais cores o expande e de concreto
à vista não a deixa escurecer
em luz que aqui teima em renascer
Num fio de som sublima o meu querer
o teu e o nosso futuro e o alvorecer
não se deixa esmagar só porque o teto
se abate num longo preito por completo
O meu soneto é margem deste feito
é meu respirar que sai do peito
oxigenado cantar do verbo ser
Prova de vida que se obstina em ler
a vontade que tenho de o erguer
pese o que parece ter-se desfeito
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 17 de Março de 2012
5 comentários:
É bem verdade Jaime, que sempre renascemos e essa capacidade é um Hino à vida, uma salutar teimosia de ser que aqui nos deixa expressa, depois de um negro quadro, sempre passageiro...
É desta força que se fazem os Homens de têmpera.
Bejinhos
Branca
o teu soneto
num fio de voz é longo o peito desfeito
e em cada margem
há sempre um canavial a respirar
ensolarado
E em cada amanhecer, nova vida que surge.Todos os dias, como o Sol.
A vida é um eterno renascer.
Beijinhos,
Linda Simões
Poeta
A vida são pequenos momentos de felicidade que temos que prender e eternizar, dentro de nós.
Gostei de o ler.
Um beijo
Sonhadora
É sempre muito gratificante vir
a este blogue onde se respira
saber e sensibilidade.
Tenha um bom domingo.
Bj.
Irene Alves
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