Resolvi arrolar, sistemática
e não menos hierarquicamente, uma série de factos em abono da minha hipótese, a
saber, que atravessámos ou estamos em vias de concluir a Travessia de um Buraco Negro como, em prole do conhecimento
científico, se impõe.
Impõe-se, também, reforçar
a ideia de que, tal como os buracos negros apenas pelas perturbações que dentro
do seu raio de ação desencadeiam permitem, por essa via indireta, que sejam
detetados, os factos que, de seguida, sistematizei, isolados têm uma leitura
própria mas conjugados, indiretamente e por isso também, vão ao encontro e
reforçam essa minha hipótese.
Passo, de seguida, a
sistematizá-los:
1 – A intensa atividade solar;
2 – A igualmente intensa
atividade sísmica;
3 – As alterações
climáticas e o aquecimento global que ameaçam a nossa qualidade de vida:
a)
O aumento global das temperaturas e
que nada nos garante, paradoxalmente e a prazo, poder conduzir-nos, venha o
diabo e escolha, a uma nova idade do gelo;
b)
Os níveis de CO2 e a rarefação
atmosférica por ação do buraco do ozono;
c)
Fenómenos como o El Niño e La Niña e outros de idênticas características;
d)
O aumento das temperaturas da água
do mar e a diminuição das calotes polares;
e)
A crescente imprevisibilidade
atmosférica.
4 - A degradação ambiental
acelerada e a também crescente escassez de água potável disponível;
5 – O próprio
desenvolvimento exponencial técnico científico;
6 - O aumento igualmente
exponencial do conhecimento acumulado de tal forma que nem dá, em tempo útil,
para o sistematizar;
7 – A aceleração histórica
que se relacionada está com a globalização igualmente acelerada proporcionada,
mormente, pelas tecnologias da informação, vêm colocar a democratização, ela
também cada vez mais global, na ordem do dia e que não se funda, apenas, no
nosso voluntarismo mas também na perceção instintiva de que só através dela a
nossa fragilidade acrescida poderá ser devidamente salvaguardada;
8 – A aceleração do ritmo
de vida que nos permite, hoje e a uma velocidade estonteante, viver várias
vidas numa só;
9 – O aumento da estatura
média humana tal como o aumento da obesidade que se vão registando mas que nada
nos garante, também, poderem estar associadas às variações, flutuações
gravíticas quase impercetíveis resultantes de uma tal travessia;
10 – A deteção de novas
doenças como a osteoporose ou a fragilização da estrutura óssea cada vez mais
precoce ou as novas doenças do foro psíquico e neurológico e já para não falar
do cancro, ele também, cada vez mais precoce e que nada nos garante não poderem
ter uma relação com essa minha hipótese;
11 – O crescente aumento
dos acidentes de circulação, rodo, ferro, aéreo ou naval que podem ter uma relação,
eles também, não só com o crescente tráfego em circulação mas, quem o poderá negar, com
ela também;
12 – A crescente falta de
adesão das teorias económico-financeiras à realidade de que descolam;
( … )
Podia ir por aqui fora mas
uma coisa é certa:
Se tudo o que aqui alego,
com exceção dos pontos um e dois e numa perspetiva antropomórfica encontra uma
explicação parcelar razoavelmente satisfatória, nada nos garante que, por falta
de prospetiva resultante da omissão do feixe encadeado que a minha hipótese
sistémica, a da Travessia de um Buraco Negro, introduz, nada nos garante, escrevia, que tudo não esteja a ser mal
interpretado e, logo, dificilmente abordável com sucesso se permanecermos no
nosso tão egocêntrico e, por isso mesmo, tão parcelar antropomorfismo que nos
tolda de falta acentuada de visão global que se poderá traduzir na impotência a
que, assim sendo, tragicamente nos pode conduzir.
à luz deste novo enquadramento muito mais haverá, não
duvido, para sistematizar
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Maio de 2012