Constitui este meu blogue,
no ritmo a que publico as suas páginas, a minha prova de vida.
Numa produção a uma
cadência quase diarística, nele vou expandindo o que de mim a ocasião me
proporciona escrever.
Numa visão ímpar porque
singular, a minha sem que a veia dê mostras de esgotamento e sem que, na
interpretação do real este, na sua complexidade e também na sua coerência, sem
quebrar o nexo causal que o caracteriza, harmoniza, tão pouco se esgote.
Prova de vida.
Página após página, texto
original após texto original, em prosa ou em poesia, seguem-se uns após os
outros os seus postes como se
dissessem que sim, permaneço vivo e atento.
Congruente e disponível.
Fazendo-os, uns após os
outros, circular em movimento contínuo, circulação sanguínea sem a qual essa
prova se esbateria.
Numa dinâmica muito
própria que ao meu blogue, se vai crescendo num arquivo ao dispor de quem o
queira percorrer o conserva, simultaneamente, vivo.
Às vezes mesmo em derivas
para o mural do meu facebook que
utilizo, acima de tudo, como sua plataforma de divulgação mas que não se
abstém, ele também, aqui ou ali, pontualmente de ter vida própria como
aconteceu no seu arranque ou a propósito de uma conversa em francês que nele
teve lugar sobre Céu e Terra e da
qual surgiu, em francês, o apontamento poético que se segue.
À NOUS
À nous
le ciel et la terre
parce que sans elle
ni mère
et au ciel
le ciel et la terre
parce que sans elle
ni mère
et au ciel
ni vol d’hirondelle
E se, qual andorinha, cada
um dos meus textos e todos no seu sempre inacabado conjunto, em voo rasante
qual permanente renascimento, fizessem a diferença, prova de vida, uma Primavera sempre e mais anunciada …!?
vivo porque também Vos escrevo
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Maio de 2012
2 comentários:
andorinha de asa negra onde vais?
da primavera
ao céu e à terra e ao fundo do mar
Afinal também aqui se fala de aves e voos rasantes ao sonho.
"Eu vou com as aves", como diria Eugénio de Andrade.
Beijos
Branca
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