terça-feira, 22 de maio de 2012

PROVA DE VIDA




Constitui este meu blogue, no ritmo a que publico as suas páginas, a minha prova de vida.
Numa produção a uma cadência quase diarística, nele vou expandindo o que de mim a ocasião me proporciona escrever.
Numa visão ímpar porque singular, a minha sem que a veia dê mostras de esgotamento e sem que, na interpretação do real este, na sua complexidade e também na sua coerência, sem quebrar o nexo causal que o caracteriza, harmoniza, tão pouco se esgote.

Prova de vida.
Página após página, texto original após texto original, em prosa ou em poesia, seguem-se uns após os outros os seus postes como se dissessem que sim, permaneço vivo e atento.
Congruente e disponível.
Fazendo-os, uns após os outros, circular em movimento contínuo, circulação sanguínea sem a qual essa prova se esbateria.
Numa dinâmica muito própria que ao meu blogue, se vai crescendo num arquivo ao dispor de quem o queira percorrer o conserva, simultaneamente, vivo.

Às vezes mesmo em derivas para o mural do meu facebook que utilizo, acima de tudo, como sua plataforma de divulgação mas que não se abstém, ele também, aqui ou ali, pontualmente de ter vida própria como aconteceu no seu arranque ou a propósito de uma conversa em francês que nele teve lugar sobre Céu e Terra e da qual surgiu, em francês, o apontamento poético que se segue.


À NOUS

À nous
le ciel et la terre
parce que sans elle
ni mère
et au ciel
ni vol d’hirondelle et au ciel
ni volle d'hirondelle

( dédicace à une conversation avec Dominique Labaume )

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Maio de 2012
 



E se, qual andorinha, cada um dos meus textos e todos no seu sempre inacabado conjunto, em voo rasante qual permanente renascimento, fizessem a diferença, prova de vida, uma Primavera sempre e mais anunciada …!?


vivo porque também Vos escrevo
 

 

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Maio de 2012

2 comentários:

manuela baptista disse...

andorinha de asa negra onde vais?

da primavera
ao céu e à terra e ao fundo do mar

Branca disse...

Afinal também aqui se fala de aves e voos rasantes ao sonho.

"Eu vou com as aves", como diria Eugénio de Andrade.

Beijos
Branca