sexta-feira, 11 de setembro de 2015

REFUGIADO
















Na minha terra sou um estranho
da guerra fujo desde antanho
desarmadilho os receios
semeio o verbo em canteiros

Na minha língua seus veios
não têm limites fronteiros
com ela me aparto e retenho
o refúgio do assanho  

Por abismos ribanceiros
revolvo a terra e a um lenho
limo arestas que são freios

Abre-se a terra e o meu senho
descanso dá aos forasteiros
na paz que buscam e a que venho



dos refugiados que nós todos, afinal, o somos ou não estivéssemos por cá de passagem





remeto para 1, 2 e 3








Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Setembro de 2015




2 comentários:

manuela baptista disse...

soneto de muita paz


refugiados da dor nesta passagem, nesta margem, porque o medo do estranho mata mais do que as guerras

. intemporal . disse...

.

.

. e somos . todos e sem excepção .

.

. e a.penas e só .

. breves hóspedes deste planeta que nos hospeda . por tempo determinado .

.

. abraço.O .

.

.