segunda-feira, 30 de novembro de 2015

DA TRIANGULAÇÃO NUCLEAR



Egon Schiele, The Holy Family, 1913







criança, mulher e homem merecem igual respeito e veneração porque todos os três em mim coabitam

simultaneamente neutro, feminino e masculino, eis o sacrossanto lugar, a gruta ou o Presépio, a triangulação nuclear em que cada qual, no integral respeito do e no Outro que na criança encontra as suas invioláveis balizas se constitui, conjuga, deve projetar e que até ao infinito se replica

tudo o mais que envolva o género resulta de minudências ou do risível de um olhar conspícuo ou seja, de uma perspetiva que toma o amor pelo preconceito, amor esse que sendo trinitário e indivisível, no mistério que encerra, nesse remanescente pelo género não se pauta nem se deixa condicionar


na certeza de que Deus é, antes de mais, criança, remetendo para a página anterior e para a minha última carta ao Papa, deixo-Vos com um profundo desejo de Paz




BOAS  FESTAS









Jaime Latino Ferreira
Estoril, 30 de Novembro de 2015



1 comentário:

manuela baptista disse...

e no mistério que encerra, rendo-me perante a criança-Deus que aí vem

para quem as minudências são apenas isso, coisas inúteis e ínfimas


Boas Festas!