segunda-feira, 11 de julho de 2016

QUANTO MELHOR






Anne Louis Girodet de Roussy, Allegory of Victory. 1814








O quanto pior, melhor parece prevalecer como critério no impacto da mensagem mediática.
Assim venham estórias de faca e alguidar, toda a sorte de torpezas, venham feios, porcos e maus que ao instantâneo e impactante o parecem caracterizar como norma.
Mas e se o impactante resultasse, antes, de uma outra escala normativa?
A vitória num campeonato ou noutro tipo de competição desportiva digna desse nome e, pelo menos, para aqueles que os ganham, bem parecem apontar nesse outro sentido.

E um texto, um simples texto que obrigasse à reflexão e a que dele se retirassem consequências positivas?
Desse texto como de quantos daqueles que ao longo do tempo, no meu blogue ou facebook, por exemplo, nele mesmo, nesse meu texto desembocaram?
Que impacto não poderia ter?
Que machadada não se abateria sobre a escola replicante do quanto pior, melhor e que vitória da Cultura sobre a incultura já que não lhe encontro outro nome e que se dá, aparentemente, como hegemónica?
Que respiração da sociedade no seu conjunto se poderia libertar e tanto mais quanto não se afirmando contra ninguém.



QUANTO  MELHOR


Quanto melhor
melhor
seria um bem maior
pois quanto mais dou
mais sou
mais somos por onde vou





quanto melhor, melhor e ninguém se tem de sentir diminuído por causa disso









Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Julho de 2016






1 comentário:

manuela baptista disse...

cinco interrogações



o belo, passa desapercebido a muitos olhos