Jackson Pollock, Convergance, 1952
No extra que me sobra
ao tempo que me assombra
sobra-me o tempo em que à obra
a escrevo fugindo da sombra
Tempo que tenho e ombreia
da claridade que é veia
minha irmã que me ladeia
do alvor até à ceia
Extraordinário labor
sem pausa e que me norteia
num incansável torpor
Sonambulismo que cobra
tudo o que ele rastreia
e em minhas folhas soçobra
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Março de 2018
1 comentário:
e folhas, são já milhares...
do alvor e para lá da ceia, bonito soneto!
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