sexta-feira, 20 de julho de 2012

CANÍCULA

Kevin Sloan




Tempo de Verão
e o calor
escorre lesto
minha flor
e incendeia
de cor
de brasa
o meu amor

Tempo de Verão
sem rancor
fogos atiça
de dor
sei de cor
este clamor
com que cubro
 o meu andor 

Tempo de Verão
não me para
nem ampara
o teu estertor
agonia
com que o vento
sara feridas
com ardor
 

 na encruzilhada do Verão
 

dali para aqui ou de como o meu mural, mantendo a sua autonomia como suporte de linguagem mais direta, funciona também como caderninho de esquissos ou esboços, estudos, rascunhos que aqui se vão, revistos se necessário, de quando em vez publicando
 

 

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Julho de 2012


2 comentários:

manuela baptista disse...

muito bonito!

Branca disse...

Muito lindos os versos de Verão.
Por motivos contrários à minha vontde só aqui cheguei agora, mas já os tinha lido e vim reler.

Força Jaime, para este expressar poético e libertador.
Parabéns.
Beijos