sábado, 3 de novembro de 2012

PENSAMENTOS ( III )

 

 

SE
 

Se em poucas não conseguires o que em muitas palavras julgas ser possível escrever, bem podes encher um texto de palha que nem a um burro darás de comer.
 

 Bach 

 

SUSTENTABILIDADE
 

O laço íntimo que se pode estabelecer entre quem escreve e quem lê tem uma profundidade e, logo, sustentabilidade que o acontecimento público coletivo, pela sua natureza, fugaz que ela o é, nunca poderá ter.


fazendo jus a SE ou de como em poucas se escreve o que no texto anterior do meu blogue, em muitas mais palavras se desenvolveu



 

NA  MINHA  LÍNGUA
 

Generosa e aberta ao futuro, meu consolo, na minha língua cabe o mundo inteiro e neles, na música e na internet as fronteiras, como muros, são um obstáculo caprichoso, um arquétipo esclerosado do passado.
 


 

SOBRE  O  AMOR


É fácil falar sobre o amor como se ele caísse do céu pronto e embalado mas não, exercê-lo é bem mais difícil do que, à primeira vista, pode parecer.
 

O amor não se confunde com amor à primeira vista que tanto pode pegar como não e quando não pega não é por isso que por ele deixamos de ser bafejados.
 

Se pega e para que continue a pegar, o desafio é constante e quando não pega aí somos, não menos e por ele, permanentemente, postos à prova.


Na sua constância, o amor é um exercício resiliente de perseverança.
 


 

FINAL  FELIZ
 

As histórias com um final feliz têm, normalmente, um mas:


Mas foram mesmo felizes para sempre ou apenas até ao momento em que os amantes se encontraram?
 


 

DEUS


Entre as línguas de maior expressão universal, em português e para lá do seu significado transcendente, a palavra Deus transposta num jogo lúdico de letras que qualquer criança entende e que, simultaneamente, tem um profundo significado ecuménico, assume características muito particulares:


É que, em português, D(EU)S, como luz refratada, decompõe-se num (EU) dividido entre o D de Deus ou de bem e o S de Satanás ou de mal e vice-versa, entre o D de diabo ou de mal e o S de sagrado ou de bem.
 

E é o que a Seu propósito e num exercício aplicado todos nós somos:


Eus ou pequenos deuses pela vida fora desafiados, permanentemente, a optar entre o bem e o mal e quer creiamos ou não Nele.

 
foram precisos vinte e três anos para chegar a esta formulação, quanto a mim, mais do que satisfatória
 

 

ainda aos meus alunos




Jaime Latino Ferreira
Estoril, 3 de Novembro de 2012
 
 
 

1 comentário:

manuela baptista disse...

se a sustentabilidade falasse na minha língua

sobre o amor nasceria o final feliz
e Deus, finalmente descansaria