Uma pausa faz sempre bem!
Diga-se, aliás e em abono da verdade, que este ritmo, o ritmo que tenho mantido e na intensidade e diversidade de produção que aqui se patenteia, me tem obrigado a um esforço que não é em vão que se desenvolve ...
Traduz-se ele e por mais generoso que possa ou não ser e parecer, em tensão, stress que importa, pelo menos de quando em vez, desanuviar o que, nestes dias após a publicação da última página e da pausa que se lhe seguiu, me tem, pese embora não ter deixado de estar presente, inegavelmente, descomprimido.
Que poderei, a título de provisório balanço, sobre o que escrevi na página anterior, concluir?
Primeiro que, sendo-me aquelas palavras de ordem muito queridas e pesem embora as pequenas alterações que foram, ao longo do tempo e sobretudo se atendermos ao facto que nelas persisto há uma boa vintena de anos, delas não desarmo e independentemente do reconhecimento que lhes seja, explicitamente, consagrado;
Depois que a página, sendo ela o que se desenvolve a descoberto e no interior da sua caixa de comentários, neste última não constatei reacções que, directamente, ao que em primeira página escrevi, o questionassem;
É só percorrer toda a caixa de comentários para que de tal se possa aferir!
Seguidamente, gostava ainda de sublinhar que o que nela foi escrito tem toda a urgência, quer da perspectiva da contenção da pandemia como da inclusão daqueles que, infortunadamente, são vítimas do flagelo e em particular no que toca à convicção que me faz reafirmar que a palavra, como anti-viral, como difusor de anti-corpos a todos nos poderá munir das ferramentas que, na salvaguarda da privacidade de cada qual, nos poderão instilar de maior qualidade de vida;
Se a minha pausa foi necessária, como interpretar o silêncio ou a pausa daqueles que, sendo autoridades no assunto, aqui se inibem de deixar o seu registo, desautorizando-me como não!?
Passou-lhes despercebido o que aqui escrevi?
Tratar-se-á de um perfeito disparate aquilo que reafirmo?
E porque o reafirmo tão denodadamente?
Porque, pese embora o tempo que passou sobre o deflagrar da pandemia, como bomba-relógio, os sinais da sua evolução não deixam de, nos nossos dias, nos interpelar a todos e logo como no Seu comentário, Ana Cristina se encarrega de nos alertar.
É incómodo o tema aqui tratado?
Sê-lo-á mas tal não é razão que me faça desmobilizar e deixar de chamar à colacção o que, verdadeiramente e na minha modesta opinião, ainda não foi colocado, decididamente, à luz do enfoque que as palavras de ordem que reafirmo exigem e sem o que a bomba-relógio que o flagelo da SIDA constitui à escala global, também não poderá ser devidamente atalhado.
Por uma vez repito-me e dou-me ao luxo de correr o risco de parecer, à primeira vista, monótono.
Reafirmo:
-
PREVENIR A SIDA
PALAVRA É VIDA
-
PREVENT AIDS
WORD AID'S
-
-
E contudo
a palavra vive
mexe connosco
e move-se
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Dezembro de 2009
26 comentários:
É isso mesmo!
Neste momento
tenho para aqui
uma quantidade de palavras a mexer na minha cabeça, por isso vou mudar de página, se não perco-as...
Até já
Manuela
MANUELA BAPTISTA
Não as percas
minha querida
às palavras
que à SIDA
a fazem tremer de medo
na ignorância sabida
que por o não serem ditas
se perderão na corrida
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Dezembro de 2009
LINDA SIMÕES
Minha Querida Amiga,
Resolvi transpor para aqui o Seu último comentário da página anterior para, de seguida, sobre ele reflectir:
" A SIDA não é um problema de apenas um grupo, mas de toda a Sociedade.Devemos usar a PALAVRA como anti-viral para conter o estigma e a exclusão social.
O PRECONCEITO, mais forte que o vírus, segrega, destroi, mata...
...
Beijinhos "
( Linda Simões )
Exactamente, tem toda a razão!
O preconceito segrega e estigmatiza, destrói e mata!!
Do mesmo modo que a Educação que o contrarie que, ela também, apenas pela palavra se pode fazer, constrói e imuniza!!!
Sabe Linda, sinto por vezes a falta de quem, como a minha Amiga, neste Seu comentário, vá ao cerne das questões que na réplica também me estimule ...
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Dezembro de 2009
Jaime,
acredito que seja a Educação uma das ferramentas mais importantes na luta contra muitos tipos de atos desumanos.Através da Educação,podemos transformar e formar conceitos.
Ao invés da segregação e do preconceito, Solidariedade.
Com políticas voltadas para o bem comum,que surtam efeito e que passem confiança aos cidadãos,teremos um mundo mais humano.E seremos Cidadãos reais,não de PAPEL.
...
E o OUTRO não será olhado com desprezo.E teremos uma nova postura diante da VIDA.
E iremos desejar para o OUTRO o que queremos para nós mesmos:
Liberdade.Respeito.Igualdade.
...
Beijinhos
A Educação formal ou informal...
Podemos constantemente,mudar e transformar conceitos e pré-conceitos estabelecidos sem uma fundamentação...
E é através da Palavra que podemos interagir,mudar,transformar.
...
"A AIDS não é mortal,mortais somos todos nós..."(Herbert de Souza-figura ímpar...)
...
Beijoquinhas
"E contudo
a palavra vive
mexe connosco
e move-se"...
E voa por todos os cantos
E faz refletir...
E ecoa.
E produz frutos.
E são bons.
...
E não se perderão na colheita...
...
Linda Simões
LINDA SIMÕES
Retenho dos comentários que escreveu:
Pela Educação formal ou informal ...
Seremos cidadãos reais, não de papel, no respeito, na liberdade, na igualdade ...
"A AIDS não é mortal, mortais somos todos nós..."(Herbert de Souza-figura ímpar...) ...
E ao que escreve nos Seus três comentários acrescento ao que de Herbert de Souza citou:
Entre a SIDA ou AIDS e nós próprios, vírus e Humanidade, sendo ambos mortais há que, no entanto, provar quem é mais inteligente:
Se o vírus que para sobreviver destrói o seu habitat ou nós mesmos cuja relação com o nosso habitat, por seu lado, a Conferência de Copenhaga que amanhã se inicia interpela a que tenhamos outra atitude face ao Mundo, à Terra e que ainda não se tornou líquida, transparente:
Que, se interpela os grandes decisores, a cada um de nós nos envolve também!
Como nos devemos comportar face ao habitat?
Destruindo-o ou não, tornando-o mais habitável, respirável ou não, comportando-nos como autênticos vírus predadores ou na humanidade plena de Liberdade, isto é, no respeito pela diversidade e com vista à igualdade, como!?
Dispondo e descartando-nos do Outro que é, não apenas o distante Mundo mas aquele que se abeira de nós ou salvaguardando-O no respeito que Ele nos merece e a que ele, ao respeito nos obriga!?
Obrigando-nos, comprometendo-nos pela palavra ou como!?
Como ...!?
Desprezando, como escreve, a colheita ou não!?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 2009
E CONTUDO
E contudo
a palavra vive
mexe connosco
e move-se
Este pequeno poema, chamemos-lhe assim é uma espécie de paráfrase à afirmação persistente de Galileu que, ao tempo da Inquisição, no momento em que era condenado persistiu nas suas convicções e reafirmou sobre a Terra que ... e contudo move-se.
Hoje, não apenas a Inquisição deixou de existir como a própria Igreja se contricta e celebra, no Vaticano, Galileu ...!
Hoje o feedback que se traduz em silêncio, silêncio em que as autoridades se refugiam perante o que eu, persistente, reafirmo passados vinte anos, é a prova dos nove da minha própria e inabalável convicção:
E contudo
a palavra vive
mexe connosco
e move-se
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 2009
...Os frutos da PALAVRA não serão desprezados na colheita.Eles serão multiplicados.
Somos multiplicadores.
...
Da fé.Da Solidariedade.Do abraço amigo.Da palavra de apoio.Do silêncio compartilhado.
E do BASTA a todo tipo de exclusão.
...
Como ?!
Uma nova postura.Um novo olhar...
E atitude, individual e coletiva.Para mudar o que aí está...
Como?!
...
Como?!
A mudança começa em NÓS.
Linda Simões.
Jaime (!)
Bom Amigo,
Subscrevo-as,
as Suas palavras,
"PREVENIR A SIDA
PALAVRA É VIDA"
A palavra que é Vida
e que mexe connosco
E move-nos
E implica-nos com Outros
E chegamos lá...
Chegaremos lá Bom Amigo
E seremos muitos mais a estarmos numa consciência que nos implique a uma inclusão social, estando-o mais atentos e mais solicitos, sempre com as palavras, e com o mais que cada um puder...
E não tenhamos dúvidas que todos podemos muito,
que cada um pode muito.
Importa não calarmos as palavras cá dentro de nós, por o serem Vivas e que por isso, nos podem implicar.
Mas que tarda, tarda....
Li algures algumas palavras,
de esperança,
porque a tenho, essa esperança
que como as palavras me move
Nos EUA um novo plano de luta mundial contra esta tão grande pandemia, propõe-se através dele ajudar no tratamento de 3,7 milhões de pessoas infectadas, em colaboração com a ONU. A ideia é de promover ajuda duradoura, programas que o sejam mais duradouros e não meros planos de ajuda ocasionais.
E também na África do Sul, ouvem-se ecos de uma mudança de atitude. Jacob Zuma, o ora Presidente, anunciou que todas as crianças seropositivas com menos de um ano terão acesso a tratamento...
Torna-se assim mais visível a determinação de ajudar os cerca de 5,7 milhões de sul-africanos infectados com este vírus tão demolidor,
Porque se as palavras importam,
importa sobretudo que o sejam motivadoras de novas atitudes, e que por estas se unam pessoas, povos, nações.. para podermos combater eficazmente esta realidade que o é inquestionávelmente à escala global.
E em jeito de conclusão,
que sim as pausas, são-no importantes para podermos ressurgir renovados de boas energias, de palavras que sendo-o novas ou já mais gastas, são-no sempre sentidamente nossas!
Muitos beijinhos,
que já o eram de saudades,
para os dois e a propósito Manuela, Olá.
Dulce
Olá Dulce!
Já tinhamos saudades suas!
Beijinhos
Manuela
MÁRCIA
A Si que se conta, agora, entre os meus seguidores, também Lhe desejo as boas vindas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 2009
LINDA SIMÕES
Querida Amiga,
A mudança começa em nós ...
... e com uma outra atitude!
Diria que eulógica ou, se quisermos, eológica.
Um beijinho e o meu obrigado
( e, diga-me lá, foi a minha Amiga que eliminou o comentário que se segue!? )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 2009
DULCE AC
Querida Amiga,
Ora viva quem é uma flor, a minha mulher já estranhava a Sua ausência!
Cito-a, a Si:
" ( ... ) Importa não calarmos as palavras cá dentro de nós, por o serem Vivas e que por isso, nos podem implicar.
Mas que tarda, tarda.... ( ... ) "
E acrescento:
Importa não calar as palavras cá dentro de nós mesmo que, eventualmente, nos levem a implicar uns com os outros já que, pela palavra e ainda que implicantes, todos os mal entendidos se resolvem!
Quanto ao resto que diz, aqui fica registado e eu, pela minha parte, sensibilizado.
Beijinhos grandes
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 20009
MANUELA BAPTISTA
Viste, Ela andava por aí e não nos há-de defraudar!
Para já ... voltou e bem!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 2009
"E contudo
a palavra vive
mexe connosco
e move-se"
E eu Amigo Jaime,
que voltei para me mover (sempre com as palavras), outra vez para Lá, onde já quase o é: Natal
e com toda a cúmplicidade que o é no ser mãe e no ser filho,
Seres que ao serem-no são já só um, e é-a tão grande a cúmplicidade que vive na mãe e no seu filho...
E não o é só por ser Natal
É-o sempre em qualquer circunstância.
E mais não digo por aqui, por querer-me por Lá...
a não ser isto,
Que bonita e maravilhosa é a Amiga Mulher Companheira que aí tem ao seu lado Jaime, no caminhar da Sua vida que o é: a Vossa vida.
Mais uma história tão cristalina, tão de afectos com tamanha magia (!)
Manuela, muito obrigada e um abraçinho grande...!
Beijinhos,
Dulce
Não fui eu que eliminou o comentário,pode descansar que eu aviso...
rsrsrs
Beijoquinhas
(perdida no meio de tantas avaliações para corrigir...rsrrs)
...
Jaime,
obrigado??
...
EU agradeço aos dois por fazerem parte agora do meu cotidiano...
Mesmo virtual.
Sintam-se abraçados!
DULCE AC
Querida Amiga,
Pois é, fico sem palavras ...!
E que me diz aqui, da brincadeira que a dislexia do Padre Nuno me proporcionou?
Gostou!?
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 2009
LINDA SIMÕES
Boa Amiga,
Ai não foi a Linda que eliminou o comentário, então, agora é que se proporciona deixar aqui o que na página anterior escrevi.
Beijinhos para Si e aqui vai:
ACTO FALHADO
Às vezes gostava de ser mosca para que pudesse esvoaçar por aí e saber, ao certo, o que leva alguém a escrever e, depois, reconsiderar a publicação de um comentário que o seu autor, entretanto, elimina ...
Acto falhado!?
Que pena!
Que pena já que muitas vezes é nesses actos que se fundam as mais profícuas reflexões que sobre os assuntos se possam desenvolver.
Que me desculpe esse autor desconhecido e que à última hora reconsiderou e se decidiu a retirar de cena
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Dezembro de 2009
LINDA SIMÕES
Uma vez mais:
O que pelas palavras se realiza e pese embora a virtualidade deste mundo desmaterializado, já não é virtual!
É mais do que isso e o meu obrigado nada tem de circunstancial, reconhece em Si uma imprescindível leitora e interlocutora que me faz sentir que o que aqui desenvolvo não é em vão e logo me inspira.
Aproveito para aqui corrigir uma palavra que no penúltimo comentário que Lhe escrevi, ficou mal escrita.
Reproduzo o parágrafo:
Diria que eulógica ou, se quisermos, ecológica.
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Dezembro de 2009
Como afinal esta página é de pausa(?)
é de quê????
venho aqui deixar um grande abraço
à Dulce e à Linda pelas palavras e sentimentos que me ofereceram, mesmos virtuais, são autênticos e recíprocos.
São duas lindas mulheres!
Manuela
P.S. Terei sido eu a eliminar o comentário?
MANUELA BAPTISTA
Minha Querida,
Apesar de todos os mimos com que a Linda e a Dulce te brindam e muito justamente, confessa ... prontinha estás tu sempre para armar a confusão!
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Dezembro de 2009
Pausa... ???? Em si, é como na música: um breve instante para saborear o que há-de vir!
PADRE NUNO
Querido Amigo,
Como agradecer-Lhe o Seu permanente incentivo ...!?
Um grande abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Dezembro de 2009
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