O que acabei de escrever focado na Europa, poderia ser aplicado à nossa Casa Comum, o Mundo, o Global no seu conjunto.
O que é que nele deve prevalecer, o Interesse Geral ou aqueles outros interesses nacionais, particulares portanto?
O que é que nele deve prevalecer, o Interesse Geral ou aqueles outros interesses nacionais, particulares portanto?
E em que medida é que a construção do edifício democrático global assenta, não no Interesse Geral mas naqueles que são particulares, chauvinistas, nacionais?
E ainda, até que ponto é que estes últimos, os chauvinismos ou os nacionalismos, prevalecem sobre o Interesse Geral, aquele que aos primeiros sobreleva, o interesse da nossa Casa Comum?
Até que ponto é que a construção dos edifícios democráticos, ainda hoje centrados no parcial porque nascidos à volta dos interesses particulares ou das Nações, chocam, conflituam ou não com o Interesse Geral?
E até que ponto é que esse conflito a pode vir a tornar, à construção democrática global, irremediavelmente comprometida?
A esta luz, à luz destas perguntas, também a Europa enquanto laboratório da construção de um espaço geográfico único, enquanto exemplo de criação de uma entidade política que fale a uma só voz pese embora a sua imensa diversidade, constitui exemplo paradigmático dos choques entre o particular e o Geral e de como, quantas vezes, nela prevalece o particular sobre o Geral ou de como conflitua a construção de um edifício democrático único com aqueles outros que, por ora e ainda, assentam nos interesses particulares das suas nações constituintes?
O elencado de perguntas aqui feitas remete para a definição de Interesse Geral:
Até que ponto é que este deve ou não assentar na pessoa humana na sua aspiração à Liberdade como os acontecimentos no Norte de África e no Próximo Oriente, na demonstração desta enquanto valor universal, o vêm, à saciedade e para quem ainda lhe restassem dúvidas, implacavelmente demonstrando!?
Até que ponto é que esta, a Liberdade, é compatível com a Paz!?
E até que ponto é que o anseio de Liberdade, pelos meios pacíficos utilizados sem os quais não há aspiração à Paz possível (!), é compatível com a Democracia!?
Em quem é que ela, a Liberdade, Interesse Geral maior, na sua prossecução política, se revê!?
Numa mescla de interesses particulares ou no indivíduo singular, no cidadão concreto que por ela pugna incansável e sujeitando-se à prova do tempo, interpelando, porque só assim o poderá fazer (!), o próprio sistema democrático ainda assente no particular dos interesses próprios das nações!?
Num compromisso de honra, fiel à palavra dada que aqui transparentemente se expõe e que aos interesses que se revêem na democracia formal, no eleitoralismo quantas vezes de vistas curtas (!), os interpela também!?
Tentando, a outrance, salvaguardar toda a equidistância como câmara de reserva, de silêncio, de bastidores que à Democracia Global, pelo seu aprofundamento, a tonifique!?
Tentando, a outrance, salvaguardar toda a equidistância como câmara de reserva, de silêncio, de bastidores que à Democracia Global, pelo seu aprofundamento, a tonifique!?
Sem a qual, aliás, não há defesa do Interesse Geral que vai sobrelevando sobre tudo o resto como todos os sinais, logo os de ruptura ecológica e ambiental sempre adiados (!), o vão demonstrando!
E aqui, no cidadão concreto e singular, porque ele existe e na sua senda persiste fazendo por compatibilizar, pacificamente, o particular com o geral (!), a semente inadiável da Democracia Global e, logo, do Interesse Geral cada vez mais ingente e tanto mais quanto a aspiração de Liberdade alastra mas que, invariavelmente, pela conflitualidade e no predomínio força, continua a ser sonegado!
num Mundo que se vai tornando, para o bem como para o mal, irremediavelmente irreconhecível, por ocasião de duas Visitas de Estado a Portugal, a do Príncipe de Gales e a de Dilma Rousseff, Presidenta da mais pujante república de língua oficial portuguesa, a terem lugar, ambas, esta semana
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Março de 2011
7 comentários:
temo...
tenho quase a certeza, que esta página não é um poema...
como é que a Europa se há-de entender, se
quando solicitado um poema, nos dão uma memória histórica?
está muito bem, a tua casa comum versus chauvinismos!
mas não tenho resposta para as tuas perguntas, apenas penso, que andamos há muito tempo a aprender a viver uns com os outros e neste momento há uns que vivem muito melhor que os outros
digamos que o meu, é um desinteresse crescente por estas políticas e a continuar assim, nas próximas eleições europeias a Europa vota em si própria
manuela
MANUELA BAPTISTA
Meu Amor,
A Europa não tem cartão de eleitor mas já me perguntei se houvesse, agora, eleições para o Parlamento Europeu, em quanto não cresceria a já de si grande abstenção que a essas eleições as caracteriza!?
Não tens resposta ...
Não tens tu outra coisa!!!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Março de 2011
CASA COMUM I
28 580 = + 165 visitantes nas últimas vinte e quatro horas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Março de 2011
Jaime,tu falas muito bem sobre assunto de vital importância para o MUNDO...
...
Até quando.... "E até que ponto é que o anseio de Liberdade, pelos meios pacíficos utilizados sem os quais não há aspiração à Paz possível (!), é compatível com a Democracia!?"
Bem dito e bem escrito.Como sempre.
Um abração aos dois, de saudades...
Linda Simões
LINDA SIMÕES
Querida Amiga,
Que o é mesmo de vital, vital repito (!), importância para o Mundo!
Beijinhos grandes e com Dilma por cá ... pensarei em Si
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Março de 2011
Lindinha...
beijos
mb
CASA COMUM II
28 725 = + 145 visitantes entre os quais os de uns beijos que voaram para a Lindinha!!!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Março de 2011
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