Brueghel, Torre de Babel
Varia a grandeza de uma língua em função daquela que se fale, escreva ou leia?
Vale mais, tanto ou menos este meu blogue por ser escrito em português e não numa outra língua qualquer?
Que universalidade tem a música que uma língua, qualquer que ela seja, a não possa ter também?
Que dimensão, que grandeza tem a língua?
Vale, aquilo que escrevo, mais, tanto ou menos do que se fosse escrito, por exemplo, em inglês?
Ver-me-ei, como cidadão do mundo, diminuído por escrever em português?
Diminuído, equiparado ou, particularmente, valorizado?
Por tal deverei ser, de facto, penalizado, ao invés, valorizado ou tido por um entre pares?
Será a língua um obstáculo ao exercício em pé de igualdade da cidadania global?
Terá, no contexto das nações, um cidadão português os mesmos direitos de um outro espanhol, francês, alemão, russo ou chinês?
Ou terá um cidadão guineense, por exemplo e falante de um qualquer crioulo, os mesmos direitos que eu tenho, mais ou menos?
A todas as perguntas que aqui faço, grosso modo, ele há uma maneira politicamente correcta e previsível de responder que as próprias perguntas sugerem, uma outra que se escude nas assimetrias que existem para justificar, do ponto de vista resignado e da demissão dos princípios, uma desigualdade de facto e uma terceira que, corroborando pela negativa o implícito nas próprias perguntas, confessa o inconfessável.
À terceira forma de responder, nem lhe dou guarida!
À segunda, a essa, considero-a desculpa esfarrapada de mau pagador ...
... pagador ou cobrador!?
Quanto à primeira forma de responder, pois se somos todos iguais então, que o sejamos de facto ...
... na dimensão, grandeza universal que, afinal, no cosmopolitismo global, qualquer língua ou cidadão têm de ter!
Repare-se que escrevo sobre dimensão, grandeza e não sobre projecção da língua e logo do cidadão que a domina.
Na globalização imparável que implica a salvaguarda das diversidades, logo das linguísticas (!), aja-se, então, em conformidade sob pena de haver culturas de primeira e outras de segunda ou de terceira grandezas!
E o meu ponto é este:
do valor universal das línguas
Concerto de Samuel Barber
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Março de 2011
Varia a grandeza de uma língua em função daquela que se fale, escreva ou leia?
Vale mais, tanto ou menos este meu blogue por ser escrito em português e não numa outra língua qualquer?
Que universalidade tem a música que uma língua, qualquer que ela seja, a não possa ter também?
Que dimensão, que grandeza tem a língua?
Vale, aquilo que escrevo, mais, tanto ou menos do que se fosse escrito, por exemplo, em inglês?
Ver-me-ei, como cidadão do mundo, diminuído por escrever em português?
Diminuído, equiparado ou, particularmente, valorizado?
Por tal deverei ser, de facto, penalizado, ao invés, valorizado ou tido por um entre pares?
Será a língua um obstáculo ao exercício em pé de igualdade da cidadania global?
Terá, no contexto das nações, um cidadão português os mesmos direitos de um outro espanhol, francês, alemão, russo ou chinês?
Ou terá um cidadão guineense, por exemplo e falante de um qualquer crioulo, os mesmos direitos que eu tenho, mais ou menos?
A todas as perguntas que aqui faço, grosso modo, ele há uma maneira politicamente correcta e previsível de responder que as próprias perguntas sugerem, uma outra que se escude nas assimetrias que existem para justificar, do ponto de vista resignado e da demissão dos princípios, uma desigualdade de facto e uma terceira que, corroborando pela negativa o implícito nas próprias perguntas, confessa o inconfessável.
À terceira forma de responder, nem lhe dou guarida!
À segunda, a essa, considero-a desculpa esfarrapada de mau pagador ...
... pagador ou cobrador!?
Quanto à primeira forma de responder, pois se somos todos iguais então, que o sejamos de facto ...
... na dimensão, grandeza universal que, afinal, no cosmopolitismo global, qualquer língua ou cidadão têm de ter!
Repare-se que escrevo sobre dimensão, grandeza e não sobre projecção da língua e logo do cidadão que a domina.
Na globalização imparável que implica a salvaguarda das diversidades, logo das linguísticas (!), aja-se, então, em conformidade sob pena de haver culturas de primeira e outras de segunda ou de terceira grandezas!
E o meu ponto é este:
Sem princípios, no caso aquele que a todos nos coloca em pé de igualdade e independentemente da língua que falemos, não se vai a parte alguma e a globalização não passará de um embuste!
do valor universal das línguas
Concerto de Samuel Barber
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Março de 2011
5 comentários:
quando os homens estiverem todos no mesmo pé de igualdade
a grandeza das línguas será também igual
mas a musicalidade delas varia e peço desculpa, há umas, mais belas do que outras
e não há valor universal que me convença...
depois também teremos de as entender a todas...senão... "lost in translation"
e conhecendo a tua memória cinéfila , coloco aqui uma pista: filme de Sofia Coppola
manuela
MANUELA BAPTISTA
Aí está um filme de que não andava perdido ...!
Quanto à musicalidade, tal como na música, há umas de que gostamos mais do que de outras mas isso não lhes retira a sua universalidade!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Março de 2011
DIMENSÕES I
25 750 = + 90 visitantes!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Março de 2011
Concordo com a Manuela:
Há línguas mais bonitas que outras.
Para mim,assim:
1-Português (linda!)
2-Italiano
3-Espanhol
4-Francês
E,sem contar os dialetos espalhados por esse mundo...
E ninguém se ache " melhor" por falar essa ou aquela língua...
...
Que belo texto!
Eita!
Beijos aos dois
Linda Simões
LINDA SIMÕES
Minha Querida,
Então, não vai brincar ao Carnaval e fica por aqui a ler este chato!?
Eita!
Eita e um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Março de 2011
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