Steven Millman, Boat Reflections #2
Quem pense que a palavra, em si mesma, não tem impacto político está, redondamente, equivocado!
Ela é, pode ser, em si mesma, um facto político incontornável:
Pela sua abrangência, isto é, pela sua capacidade interpretativa;
Pela profundidade em que se adense;
Pelo contraditório que, em si mesma, encerre.
Um facto político não se mede, apenas, pelo impacto social em que se traduza;
Na sua capacidade mobilizadora;
Nos reflexos institucionais em que esta, a capacidade mobilizadora, se projecte e venha a traduzir.
Não!
A palavra, na reflexividade que saiba espelhar e que a prazo não deixa, em si mesma, sendo impactante, de mobilizar e de se projectar com reflexos, eles também, institucionais, na arte do seu manejo, pode tornar-se, ela própria, num facto político que, sendo impossível de contornar, na contradita que encerra, aprofunda, essa sim e qualitativamente a Democracia que é muito mais do que o formal de que se possa e deva, convenhamos, revestir.
Por outras palavras:
Não há sistema de representação democrático sem adesão expressa, sufrágio secreto e universal que lhe dê legitimidade, mas este fica manco, fragilizado se a essa adesão lhe não for somada a fundamentação que pela palavra no indivíduo, seu último propósito e agente, se centre e que alicerçada no tempo se baseie para lá de toda a estatística, instantaneidade e capacidade, de per si, mobilizadora.
Ou melhor, para que a capacidade mobilizadora, nessa catarse que pelo poder que na palavra reside e no indivíduo se realiza, se possa, verdadeiramente, exponenciar!
sem o aprofundamento que na palavra reside, não há alicerce democrático sustentável
Let me dwell
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Março de 2011
Quem pense que a palavra, em si mesma, não tem impacto político está, redondamente, equivocado!
Ela é, pode ser, em si mesma, um facto político incontornável:
Pela sua abrangência, isto é, pela sua capacidade interpretativa;
Pela profundidade em que se adense;
Pelo contraditório que, em si mesma, encerre.
Um facto político não se mede, apenas, pelo impacto social em que se traduza;
Na sua capacidade mobilizadora;
Nos reflexos institucionais em que esta, a capacidade mobilizadora, se projecte e venha a traduzir.
Não!
A palavra, na reflexividade que saiba espelhar e que a prazo não deixa, em si mesma, sendo impactante, de mobilizar e de se projectar com reflexos, eles também, institucionais, na arte do seu manejo, pode tornar-se, ela própria, num facto político que, sendo impossível de contornar, na contradita que encerra, aprofunda, essa sim e qualitativamente a Democracia que é muito mais do que o formal de que se possa e deva, convenhamos, revestir.
Por outras palavras:
Não há sistema de representação democrático sem adesão expressa, sufrágio secreto e universal que lhe dê legitimidade, mas este fica manco, fragilizado se a essa adesão lhe não for somada a fundamentação que pela palavra no indivíduo, seu último propósito e agente, se centre e que alicerçada no tempo se baseie para lá de toda a estatística, instantaneidade e capacidade, de per si, mobilizadora.
Ou melhor, para que a capacidade mobilizadora, nessa catarse que pelo poder que na palavra reside e no indivíduo se realiza, se possa, verdadeiramente, exponenciar!
Para que o um se reveja no todo mas o todo também no um, realizando, deste modo, o aprofundamento político e cabal, fortalecido, rejuvenescido da Democracia.
sem o aprofundamento que na palavra reside, não há alicerce democrático sustentável
Let me dwell
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Março de 2011
7 comentários:
não há alicerce democrático
nem outro alicerce qualquer!
mas eu gosto mais
da palavra poema
da palavra canto
da palavra conversa
da palavra teatro
manuela
É verdade,
está redondamente equivado quem pense que a palavra em si não tem impacto político.
Somos seres políticos e como tais nos comportamos. Na palavra dita há toda uma gama de informações,situações,ações etc que traduzem política...
Parabéns pelo texto,
abraço aos amigos
MANUELA BAPTISTA
Não há?
Então que são todas as palavras que utilizas!?
E que te constituem!?
E que alicerce és tu!?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Março de 2011
LINDA SIMÕES
Querida Amiga,
... na palavra dita, escrita, há uma capacidade virulenta, contagiante a que se chama política!
Obrigado, beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Março de 2011
PÓLIS I
25 580 = + 105 visitantes!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Março de 2011
...ora essa?!
"sem o aprofundamento que na palavra reside, não há alicerce democrático sustentável"
.não há alicerce democrático
nem outro alicerce qualquer.
manuela
MANUELA BAPTISTA
Volto ...!
Desculpa-me a resposta ao comentário que ao teu lhe fiz mas interpretei-o mal!
Não percebi, cabeça a minha (!), que apenas enfatizavas a nota de roda-pé ...
Ai, ai!!!
Beijinho redimido
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Março de 2011
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