eclipse
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Estou numa daquelas noites em que me ocorre que deixe o teclado por aqui a escorrer suor sem pontuação nenhuma até ver onde o parágrafo compacto como peça única ou buraco sem fundo aguentará de um fôlego só a ocorrência que daqui emane sem ao seu sentido o perder de vista nem à leitura a tornar de tão hermética ininteligível à medida que as suas gotas de sal o vão compondo em depósito que cresça sólido em condensação precisa e que não se cinja ao supérfluo nem a banalidades que importaria antes ver sumidas daqui enquanto se alimentam histórias de verão reiteradas de interesse público até que jornalistas e afins alcoviteiras de serviço incluídas partam de férias o que ao próprio interesse logo o questiona na urgência maior que às primeiras sempre as faz ter a primazia mandando o interesse às urtigas e logo o parágrafo se extingue exausto de lérias carente de férias e mergulhando em eclipse sem sol e sem lua exangue
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Julho de 2010
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