Oguz Gurel
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E o tempo vai passando ...
Preso, por agora, a este blogue, prisão que nos dias que passam e à luz da Democracia, da liberdade de expressão em que vivo não mais terá de obedecer aos rigores de uma prisão como as de outrora e que em tantas partes do mundo ainda prevalecem contra e paradoxalmente na afirmação da estrutura de quem a eles resiste ou resistiu, prisão física de altos murados e células gradeadas e diminutas para onde eram, são jogados aqueles que ousam cometer os assim chamados delitos de opinião, aquela que de mim faz prisioneiro, amarra-me à minha própria consciência que aqui se vai expondo continuada e perseverantemente.
Terei de ser penalizado por a esses rigores, os das prisões físicas, os não ter sofrido na pele!?
Terá de ser essa a bitola aferidora para quem à sua idade adulta a viveu já, praticamente toda, em Liberdade!?
E deixarão, em Liberdade, de existir prisioneiros da sua própria consciência nos coerentes percursos em que, por sua própria e livre vontade e decisão, optem por prosseguir na sua legítima, legítima repito (!), ambição e afirmação e contra ventos e marés!?
Até onde, pelo silêncio que sobre esses e institucionalmente, profissionalmente também vai pesando, e como este pesa em regime aberto (!), se deverá fazer sentir a sua invisível mão implacável e sentenciadora?
Desafiadora ...
Olho para todos aqueles que em regime fechado resistiram, retomo o paradigmático exemplo de Madiba, Mandela, mas que nem por isso desistiram de perdoar e fazendo deste, do perdão, traço de continuidade permanente no meu já tão extenso percurso, brado aos céus e pergunto em que é que, pelo silêncio, deverei continuar a ser sistemática e profissional, socialmente penalizado?
Percorrei este meu blogue e imaginai o que para trás dele, passados já mais de vinte e um anos, como inalienável percurso, em congruência o antecede ...!
E em que é que, por qualquer delito, infrinjo o que quer que seja ou faço perigar a própria Democracia se, pelo contrário, a alimento!?
Dizei-me, já agora, onde é que o perdão não está, nesta minha saga e percurso, sempre implícita ou explicitamentemente presente!?
Não há aprofundamento da Democracia se na e em Liberdade não forem desbravados os caminhos singulares, é por eles que, em última instância, ela também se justifica (!) e que a amplificam ...
Preso, por agora, a este blogue, prisão que nos dias que passam e à luz da Democracia, da liberdade de expressão em que vivo não mais terá de obedecer aos rigores de uma prisão como as de outrora e que em tantas partes do mundo ainda prevalecem contra e paradoxalmente na afirmação da estrutura de quem a eles resiste ou resistiu, prisão física de altos murados e células gradeadas e diminutas para onde eram, são jogados aqueles que ousam cometer os assim chamados delitos de opinião, aquela que de mim faz prisioneiro, amarra-me à minha própria consciência que aqui se vai expondo continuada e perseverantemente.
Terei de ser penalizado por a esses rigores, os das prisões físicas, os não ter sofrido na pele!?
Terá de ser essa a bitola aferidora para quem à sua idade adulta a viveu já, praticamente toda, em Liberdade!?
E deixarão, em Liberdade, de existir prisioneiros da sua própria consciência nos coerentes percursos em que, por sua própria e livre vontade e decisão, optem por prosseguir na sua legítima, legítima repito (!), ambição e afirmação e contra ventos e marés!?
Até onde, pelo silêncio que sobre esses e institucionalmente, profissionalmente também vai pesando, e como este pesa em regime aberto (!), se deverá fazer sentir a sua invisível mão implacável e sentenciadora?
Desafiadora ...
Olho para todos aqueles que em regime fechado resistiram, retomo o paradigmático exemplo de Madiba, Mandela, mas que nem por isso desistiram de perdoar e fazendo deste, do perdão, traço de continuidade permanente no meu já tão extenso percurso, brado aos céus e pergunto em que é que, pelo silêncio, deverei continuar a ser sistemática e profissional, socialmente penalizado?
Percorrei este meu blogue e imaginai o que para trás dele, passados já mais de vinte e um anos, como inalienável percurso, em congruência o antecede ...!
E em que é que, por qualquer delito, infrinjo o que quer que seja ou faço perigar a própria Democracia se, pelo contrário, a alimento!?
Dizei-me, já agora, onde é que o perdão não está, nesta minha saga e percurso, sempre implícita ou explicitamentemente presente!?
Não há aprofundamento da Democracia se na e em Liberdade não forem desbravados os caminhos singulares, é por eles que, em última instância, ela também se justifica (!) e que a amplificam ...
... nem esta, a Democracia, sem esses percursos como o meu, na coerência que lhes está implícita se enraizará, pronta a florescer, em toda a sua irresistível e necessária exuberância!
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uma vez mais dedico a Nelson Mandela a trilogia que ora se inicia e que tem por nome genérico A Prisão da Liberdade, para que a Liberdade que no cidadão singular se revê, seja mais do que um simples verbo de encher ou um pró-forma, formalismo sem consequências para lá dos muros das prisões físicas e que dela, em Democracia se devam, também individualmente retirar
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Vasto Horizonte
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Julho de 2010
uma vez mais dedico a Nelson Mandela a trilogia que ora se inicia e que tem por nome genérico A Prisão da Liberdade, para que a Liberdade que no cidadão singular se revê, seja mais do que um simples verbo de encher ou um pró-forma, formalismo sem consequências para lá dos muros das prisões físicas e que dela, em Democracia se devam, também individualmente retirar
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Vasto Horizonte
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Julho de 2010
13 comentários:
Bom dia, caro Jaime Latino F.
Sabe que perdoar não está ao alcance de todas as capacidades democráticas, porque isso é uma e outra coisa que a política subverte no colírio oportunista das conveniências; em vez de tudo ficar mais claro, a sobrevivência política de alguns trata de adensar muitas ópticas sobre acontecimentos pouco claros, mas que eles pretendem que sejam uma verdade imaculada ao serviço de seus estatutos intocáveis!... Por isso temos um número indeterminado de “lapas” bem coladas na falésia, em risco de derrocada, da política cá no quintal da grande costa. Também, pela extensão da costa, as costas são largas.
Na liberdade de expressão, as costas tornam-se mais abrangentes na mesma medida de uma proporção desequilibrada bem capaz de ludibriar muitos defensores dessa mesma liberdade e dos que, parecendo defendê-la, acariciam o lápis azul que os acompanha, em todos os momentos, como um talismã, ao qual se agarram sigilosamente!... A quase total Liberdade de expressão, às vezes extravasando essa totalidade que alguns convertem numa possibilidade, é uma forma de censura, já que é tanta a Liberdade e tanta a expressão que ninguém tem tempo nem paciência para ler qualquer texto mais incisivo sobre temas mais ou menos delicados que possam pôr em causa as atitudes e respectivo carácter de caçadores, pescadores, e outros mentirosos, do calibre surrealista de criaturas como o actual primeiro Ministro, José não-sei-quantos, Paulos Portas, não esquecendo a próxima aberração a que os patrões dão toda a Liberdade de decidir, Pedro Coisa-e-tal Coelho; jerónimo, por exemplo, tem toda a Liberdade para rebobinar a antiga fita do velhinho VHS ou do “cartucho” da Grâdula Vila Morena, companhia de camionistas durante os dois anos após a “declaração” de Liberdade conquistada pelos advogados e outros aldrabões, sem esquecer os inúteis e ociosos como essa enorme força natural que carrega uma prodigiosa desfaçatez que dá pela graça de Manuel Alegre, o Poeta!!!... Quanto à Liberdade de expressão, tanto vale cagar como tossir, a verdade é que, por mais que gritemos a razão dos terríveis problemas que nos assolam, pelo número tão elevado dos gritos, quem nos devia ouvir, simplesmente não ouve… ou lê!... E aqui chegamos aos blogues que, se por um lado nos fazem sentir toda a Liberdade para exprimir o que nos vai na Alma, e muitas vezes na parvoeira, no outro lado, mostram-nos a verdade crua de nossa falta de importância, de nossa pequenez imposta pelo rigor dos sistemas.
Continua... aí em baixo
...
Alimentamos diários e partilhamos com alguns amigos nossas ideias e lançamos tímidos alertas que, por mais razoáveis que sejam, não ultrapassam a projecção de banalidades ideológicas ou da exposição vaidosa do que todos sabem e sentem. Se por um lado, achamos que fazer chover no molhado, vai alterar qualquer coisa que se pretendia enxuta, por outro, sabemo-nos com a sensação de estar-mos com xixi nas calças por também saber-mos que mijamos contra o vento em pleno cume da Serra da Estrela… A Liberdade de Expressão é facto consumado. Tal como o sofrimento reivindicado, exclusivamente, por alguns dos que reescreveram uma nova história política de suas vidas e engendraram documentos mal forjados, mas que ninguém se dá ao trabalho de verificar a sua veracidade, sobre cativeiro no Tarrafal . A liberdade de expressão permite histórias incríveis, assegurando, logo à partida, que todos os “dinossauros” e outros bicharocos, por descendência de genética sanguínea e política, são comunistas sem ser pertencerem a movimentos anacrónicos e apalhaçados do PCP-CDU; mas só até certa Liberdade de expressão, porque, como o Povinho tem seus estigmas impostos, uma outra Liberdade de Expressão separa o trigo do joio. Mas o Sofrimento, esse, é um exclusivo desses libertadores que nos permitem a mesma Liberdade, e também de expressão, há mais de trinta anos. São pagos a peso de ouro e cobram sem dó nem piedade a este Povo… que não tem liberdade para sofrer!...
Continuarei... talvez ainda hoje, se não se importar, caro jaime Latino ferreira.
Abraço
KrystalDiVerso
António Pina
Meu Caro,
Vamos a esta Sua primeira parte, primeiro comentário já que me diz que continuará mais abaixo ...
Vou tentar ser sucinto:
Se há coisa em que faço questão é de não generalizar;
Faço, também, questão de não julgar os outros por aquilo que, eventualmente, num primeiro impulso seria levado a deixar-me tentar antes prefiro pensar, caso no lugar dos outros eu estivesse, o que é que me levaria a mover;
E se eu não ajo por meros circunstancialismos ou conveniências interesseiras, quem sou eu para afirmar que os outros agem apenas movidos por tais impulsos!?
Se assim fosse não existiria um Mandela nem , tão pouco, um de Klerc, na altura máximo expoente do regime do Apartheid e que nem por isso, juntamente com o primeiro deixou de receber o Prémio Nobel contribuindo para abrir aquele que era um regime execrável e, provavelmente, contra todas as expectativas!
Refere que tanto vale cagar como tossir ...
Mas, a verdade, é que eu não cago nem tusso, pelo menos e é bem de ver, neste meu blogue!!!
Um Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Julho de 2010
KrystalDiVerso
António Pina
Meu Caro e uma vez mais,
Não sei que mais deva acrescentar porque o meu Amigo continua, nesta segunda parte do Seu comentário, a generalizar ...!
A História está sempre a ser escrita ou reescrita, cada um de nós dá o seu contributo e se escrever também é, em certo sentido, reescrever, porque se às dimensões da História outras mais se acrescentam essas sempre outras ajudam-nos a olhar para Ela com outros olhos porque a novas camadas à História a acrescentamos, então este é um fluxo sem fim!
A questão está em saber se entendemos que damos ou não o nosso contributo nesse sentido ...
Eu, modestamente, veja lá (!), acho que o dou e sei que a Liberdade de expressão que aqui me permite escrever, na primeira pessoa, aquilo que escrevo, também o dá e mesmo que não passe de um grão de areia num imenso deserto, o que não é o caso!
Outro Abraço e, se o entender, prossiga
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Julho de 2010
Atrevida vou dar minha modesta opinião.
Quando menina nas aulas de história do Brasil, ficava a delirar sobre a frase “independência ou morte” as margens do Rio Ipiranga, anos se passaram e eu lendo descobri que nada foi tão cinematográfico como eu na inocência imaginava, contudo o fato histórico foi real o Brasil deixou de ser colônia de Portugal, quando assistimos filmes como Elizabeth a era do ouro, a duquesa, the Tudor, mistura da história com romance, drama, aprendemos um pouco e nos faz pesquisar e tirar nossa opinião. Contudo existem assuntos que são polêmicos por si só, política é um deles, lideres políticos também seus feitos ou desfeitos nada importa, pois já estão imortalizados...
Cada um com sua opinião e respeitá-la e democrático.
P.S desculpa caso não tenha captado a alma do texto.
RENATA
Minha Querida Amiga,
A alma do texto:
A alma do texto que é a minha própria alma consiste em que, revendo-me em Mandela pesem embora as mudanças de condições e dos tempos, prossigo na minha senda, refém da minha própria consciência!
Um beijinho
Jaime Latino Ferrreira
Estoril, 22 de Julho de 2010
DE SÚBITO
De súbito, caíram as molduras e a brecha de luz que dos murados da prisão do cartoon se abre, liberta, funde-se com a cor de fundo do meu blogue por inteiro!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Julho de 2010
"Que os outros se gabem das páginas que têm escrito;
a mim orgulham-me as que tenho lido.
(Jorge Luis Borges)
sim. as páginas que tenho lido e aqui neste Seu espaço Jaime...?! Inquestionável.
"Olho para todos aqueles que em regime fechado resistiram, retomo o paradigmático exemplo de Madiba, Mandela, mas que nem por isso desistiram de perdoar e fazendo deste, do perdão, traço de continuidade permanente no meu já tão extenso percurso..."
um abraço amigo de bom tempo por aqui já percorrido...
dulce ac
DULCE AC
Querida Amiga,
Parafraseando Jorge Luís Borges, diria:
Se a mim me orgulho do que tenho escrito, quem me poderá impedir de por tal me sentir gabado!?
Quem o poderá, aliás, fazer por mim!?
Entre outros, a minha Amiga, claro!
Um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Julho de 2010
Ui!
Ó Jaime que a conversa hoje está super filosófica! logo hoje que eu estou mais loura do que nunca, depois de fazer uma hidratação corporal de chocolate e fazer um tratamento de rosto de caviar.
É que para acabar de vez com a cultura, estou cá eu!
Não me leve a mal, eu só queria brincar um bocadinho.
Ah, e amanhã de tarde eis que me vai ouvir a voz.
Até lá e muitos beijinhos
FILOMENA CLARO
Minha Querida,
Onde a minha Amiga se equivoca é em que ser mais loura do que nunca, hidratada a chocolate e para mais tratada ao rosto com caviar contém em si mesmo mais filosofia do que aquela de que queria ver-se livre ...
... e brincar também!
Deserto por ouvir a Sua voz, fico a aguardá-La e, entretanto, mil beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Julho de 2010
Depois da hidratação da “Filomena”, tudo que me resta é uma vontade enorme de comer um pouco mais de outra Cultura. Eu que não vou à missa com doçuras e muito menos com coelhinhos de Páscoa!... Não tenho qualquer dúvida que o sonho de qualquer “loura” seja ser servida como aperitivo à mesa da Cultura, em ricas páginas de caviar, e ficar para sempre na memória das papilas gostativas de obras consagradas, como sobremesa chocolatada!... O resto é Liberdade de Expressão e sardinha assada!...
Abraço para esse pessoal que até se esforça... e aproveitem a Liberdade!
Abraço
KrystalDiVerso
António Pina
Meu Caro,
... pessoal que até se esforça ...
É preciso ter lata, lata e apego pela Liberdade o que somado à Cultura assuma ela a forma que assumir, até já nem é nada mau!
Um Abraço e uma boa noite
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 23 de Julho de 2010
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