o destinatário incerto
-
-
Até hoje e para lá de aqui há um destinatário incerto e silencioso que me acompanha sempre ...
Não me comenta, não diz nem que sim e nem que não, mas passa por aqui silencioso, lê-me e avalia e por maior que seja o número daqueles que comigo explicitamente interagem.
Ele vem cá sempre, está cá sempre ...
Ele não, eles já que não se cinge a um tão só a não ser pela característica comum do silêncio que a esses todos, muitos os engloba.
E a minha escrita, eis uma das suas particularidades incontornáveis, ao silêncio sempre o tenta englobar e integrar.
Ele vem cá sempre, está cá sempre ...
Ele não, eles já que não se cinge a um tão só a não ser pela característica comum do silêncio que a esses todos, muitos os engloba.
E a minha escrita, eis uma das suas particularidades incontornáveis, ao silêncio sempre o tenta englobar e integrar.
Até por lhe dirigir as não ditas e implícitas perguntas ...
Tal como só há música com silêncio, som com pausa incluída, também só há verdadeira escrita, com densidade, com conteúdos, entre-linhas que dela se deduzem ou emergem, por do silêncio se percutirem e com o silêncio, nela incluído, interagirem.
O silêncio da sua pontuação implícita como explícita.
O silêncio entendido como o destinatário não revelado, não comprovado mas que está lá e ainda que eu próprio ao incluí-lo o crie porque também dele provenho e se desvenda ou vai desvendando ...
Daí também a minha imparável verve que não se extingue e que do silêncio ou do não dito lhe está implícita porque dele nasce.
Sinto que, progressivamente, assim vai mais e mais acontecendo!
Tal como só há música com silêncio, som com pausa incluída, também só há verdadeira escrita, com densidade, com conteúdos, entre-linhas que dela se deduzem ou emergem, por do silêncio se percutirem e com o silêncio, nela incluído, interagirem.
O silêncio da sua pontuação implícita como explícita.
O silêncio entendido como o destinatário não revelado, não comprovado mas que está lá e ainda que eu próprio ao incluí-lo o crie porque também dele provenho e se desvenda ou vai desvendando ...
Daí também a minha imparável verve que não se extingue e que do silêncio ou do não dito lhe está implícita porque dele nasce.
Sinto que, progressivamente, assim vai mais e mais acontecendo!
4 comentários:
verve??
verdura equatorial isso é que é!
e não sou eu o silencioso
misterioso
incerto
comentoso...
Manuela
MANUELA BAPTISTA
Nem comentoso nem, muito menos, comatoso!!!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Julho de 2010
Interessante exercício!...
E o silêncio que, muitas vezes remetido ao seu próprio silêncio, é uma sinfonia perfeita dirigida pela sábia batuta do... silêncio!... As fífias acontecem mas são mais nítidas, e muitas vezes delirantes quando, de rompante, se imiscuem nos tons suaves de melodioso silêncios; é interessante, esse imiscuir, quando não estraga, quando provoca uma gargalhada sem ser patético, quando quebra a monotonia de concertos perfeitos!... Monotonamente perfeitos!... O Silêncio nem sempre é perfeito e é bem capaz de agradecer uma pequena nota intrometida, que quebra silêncios, por aí, ao deus-dará!...
O caro amigo J.Latino F., por ex: é uma Alma silenciosa a quem o silêncio não perturba generosas composições literárias e, quem sabe, outras composições um pouco mais lúdicas!... Seus gritos são suaves, vocifera brisas de silêncio que se esforçam na defesa de sua própria condição e aposta, silenciosamente, nos "cagaçais" literários de fino trato e mavioso recorte!... Fino;))))...
Escolha entre... beijos e abraços
KrystalDiVerso
António Pina,
Cagaçais literários ...!
E depois e pesem embora os smiles, não há-de o meu Amigo provocar-me uma danada vontade de arregaçar as mangas e de Lhe ripostar vociferante ...!
Desconfio de que já o faz de propósito ( aqui impôr-se-ia outro smile mas o desencantar da ironia, deixo-o ao critério de quem me lê )!
Desconfio que se terá dado conta do exercício embora, entretanto, se tenham apagado os silêncios das respectivas caixas de comentários que, porém, uma leitura atenta à cronologia dos mesmos constatará terem estes sido escritos à posteriori das respectivas páginas e uma vez finda a trilogia que a este texto o precede.
O silêncio ...
O silêncio é uma abstracção, abstracção essa que conduz o som e o molda, ainda que com eventuais fífias à mistura ...
Se sou uma alma silenciosa!?
Todos o somos, às vezes temos é medo de o admitir e de ao silêncio o encarar!
Quanto à generosidade de que fala, não vejo em que é que ela se antagonize com lucidez.
Decida-se entre beijos e abraços e poupe-me a ter de escolher o que sempre me cria um embaraço desnecessário!
Eu, por mim, uma vez mais O abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Julho de 2010
Enviar um comentário