Fotografo-me:
Tenho um lado sensível e outro racional.
Ambos inteligentes.
Ambos indissociáveis.
Não me revejo, exclusivamente, no indutivo.
Nem me revejo, tão pouco e exclusivamente no dedutivo.
Indutivo, não passaria de uma amiba.
Dedutivo, não passaria de um chip.
Um chip não acredita, relaciona.
Uma amiba reage apenas.
Como a amiba reajo e como um chip relaciono.
Pode um chip relacionar circuitos mas não encontra o indutivo.
Pode uma amiba interagir com os sistemas mas não encontra o dedutivo.
Há qualquer coisa em suspenso, imaterial em mim que a um o liga ao outro, o indutivo ao dedutivo, em discernimento hierárquico, cultural e que me leva a ir mais longe.
Tenho um lado sensível e outro racional.
Ambos inteligentes.
Ambos indissociáveis.
Não me revejo, exclusivamente, no indutivo.
Nem me revejo, tão pouco e exclusivamente no dedutivo.
Indutivo, não passaria de uma amiba.
Dedutivo, não passaria de um chip.
Um chip não acredita, relaciona.
Uma amiba reage apenas.
Como a amiba reajo e como um chip relaciono.
Pode um chip relacionar circuitos mas não encontra o indutivo.
Pode uma amiba interagir com os sistemas mas não encontra o dedutivo.
Há qualquer coisa em suspenso, imaterial em mim que a um o liga ao outro, o indutivo ao dedutivo, em discernimento hierárquico, cultural e que me leva a ir mais longe.
Imperscrutável berçário, presépio da humanidade.
A amiba, quanto muito, desloca-se.
Um chip, quanto muito, acciona.
Eu desloco-me, acciono e penso.
E escrever, atomizar assim o meu pensamento, estática mas dinamicamente, prova de que ele existe (!), quem como eu, aos dois, indutivo e dedutivo num só, o poderá escrever por mim?
E escrever, atomizar assim o meu pensamento, estática mas dinamicamente, prova de que ele existe (!), quem como eu, aos dois, indutivo e dedutivo num só, o poderá escrever por mim?
No lugar onde, aqui, como se posando para um auto-retrato, fotografia, captura atomizada daquilo que penso, enfim repouso, ergue-se a Música, silenciosa musa e lugar mais nobre e distante, metáfora do arquétipo que está sempre para lá da palavra, oceano de sons e que me ajuda, vibrante, a pensar assim.
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Oceano de Sons
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Dezembro de 2010
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Dezembro de 2010
11 comentários:
Jaime,
Passo pelo seu oceano de sons só para deixar um grande abraço e voltarei a este seu texto ente a amiba e o chip, entre a sensibilidade e a inteligência.
Até logo, se Deus quiser.
Branca
BRANCAMAR
Querida Branca,
Permita-me que A corrija:
... entre a inteligência sensível e a racional!
Até logo e, desde já, Boas Festas com um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Dezembro de 2010
entre o indutivo
e o dedutivo
uma ligação, um fio, invísivel
à vezes enrolamo-lo no dedo indicador
e descobrimos oceanos
outras, soltamo-lo e sobrevivemos à tona de água ao sabor das correntes e das tempestades
a inteligência
está nos dois pólos do som
gostei deste auto-retrato energético!
manuela
MANUELA BAPTISTA
Um beijo ... indutor!!!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Dezembro de 2010
AUTO-RETRATOS I
16 990 = + 70 visitas nas últimas 24 horas!
Aproximo-me, agora, dos 17 000 visitantes desde o passado dia 15 de Agosto.
Apurada uma média partindo de:
4 meses vezes 30 dias = 120 dias e divididos os 17 000 por este conjunto de dias, chega-se ao resultado médio aproximado de 141 visitantes diários.
Eis um balanço!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Dezembro de 2010
À ATÓMICA MEDIDA
À medida que me desfragmento, reinvento-me e redescubro sempre o Natal.
Cada vez mais despojado.
Como alegoria de nós próprios.
De cada um de nós.
O indutivo, o dedutivo e o neutro, o lado esquerdo e o direito do conhecimento que se potenciam em Império de Cultura, lugar sagrado e único, Menino que renasce.
Como os olhos que pela boca transfiguram o saber, processado ali, mais longe, nas incógnitas do Futuro.
À medida que me desfragmento, no pulsar dos dias, das horas e dos minutos, do tempo que me corrompe, com acrescida claridade se anuncia o Presépio:
A pureza virginal da Criação, a premência ressarcida do Saber e a origem subversiva do Amor.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Dezembro de 2010
Jaime,
Como prometi cá estou, já muito tarde é verdade, porque hoje o serão foi em Gaia a ouvir uma querida amiga sua, a quem também me afeiçoei.
Mas depois de outras coisas e antes de me deitar li com minuciosa atenção o seu texto e entre a inteligência sensível e racional gostei sobretudo da outra parte que paira entre as duas, do fio condutor entre o dedutivo e o indutivo, do oceano de sons que são um mundo para além da palavra.
E o Jaime sabe-o melhor que ninguém.
Agora são horas de ir para a caminha, com os sons de uma belíssima harpa e a declamação de lindos poemas que trago nos ouvidos.
Beijinhos de boa noite.
Branca
BRANCAMAR
Querida Amiga,
E assim é que voltou a juntar som ao oceano que nos inunda ...!
Obrigado pelas Suas informações!
Um Beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Dezembro de 2010
AUTO-RETRATOS II
17 070 = + 80 visitantes!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Dezembro de 2010
Jaime
Meu amigo
Um texto inteligente e estimulante, como é seu hábito.
A demonstração da complexa e extraordinária criação, onde não poderia, obviamente, faltar a música. A única que, universalmente, comunica com todos os sentidos e nos transporta para os lugares mais surpreendentes do nosso pensamento.
Muitos parabéns!
Foi muito agradável seguir o fio energizante do seu pensamento, assim atomizado.
Um abraço amigo
MARIA JOÃO
Minha Querida,
Estimulantes são sempre os Seus pensamentos aqui expostos!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Dezembro de 2010
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