Sempre que escrevo o que acaba por ficar escrito nunca é o que pensaria querer escrever.
Fica pior ou fica melhor?
A realidade das palavras, porque de realidade se trata, normalmente, surpreende-me!
A realidade das palavras escritas ...!
Ditas leva-as, amplificadas ou reduzidas, depauperadas o vento mas escritas ...
Como um desenho, nos seus recônditos recantos, ecoam incisivas e contundentes recortando o silêncio da sua maior ou menor obscura claridade ressonante.
Sopro de um canto primevo, rastejam no suporte, seu chão, como amaldiçoada serpente ávida de absolvição ...
A realidade das palavras escritas obstina-se em levantar a cabeça, ousada e pecaminosa, como fruto pronto a ser colhido e deglutido, mascado, mastigado de sabor a sabedoria.
O fruto dessa árvore proibitiva, costela recriada da nossa própria carne, é o fruto que nos permitiu dar o salto da simples realidade desvanecente tornando-a perene e fazer-nos soerguer no conjunto do real.
Sempre que escrevo, teimosamente, obstino-me em levantar a cabeça!
Levanto-a para lá de todas as maldições, a desafiar tronos e potestades ...
Sempre que escrevo ... quem me diria que, serpenteante, aqui me conduziria aquilo que acabo de escrever!?
Quando escrevo, no magnificente não dito os contornos do imaculado a circunscreverem, cercarem, seduzirem, na vontade obstinada de me erguer!
Fica pior ou fica melhor?
A realidade das palavras, porque de realidade se trata, normalmente, surpreende-me!
A realidade das palavras escritas ...!
Ditas leva-as, amplificadas ou reduzidas, depauperadas o vento mas escritas ...
Como um desenho, nos seus recônditos recantos, ecoam incisivas e contundentes recortando o silêncio da sua maior ou menor obscura claridade ressonante.
Sopro de um canto primevo, rastejam no suporte, seu chão, como amaldiçoada serpente ávida de absolvição ...
A realidade das palavras escritas obstina-se em levantar a cabeça, ousada e pecaminosa, como fruto pronto a ser colhido e deglutido, mascado, mastigado de sabor a sabedoria.
O fruto dessa árvore proibitiva, costela recriada da nossa própria carne, é o fruto que nos permitiu dar o salto da simples realidade desvanecente tornando-a perene e fazer-nos soerguer no conjunto do real.
Sempre que escrevo, teimosamente, obstino-me em levantar a cabeça!
Levanto-a para lá de todas as maldições, a desafiar tronos e potestades ...
Sempre que escrevo ... quem me diria que, serpenteante, aqui me conduziria aquilo que acabo de escrever!?
Quando escrevo, no magnificente não dito os contornos do imaculado a circunscreverem, cercarem, seduzirem, na vontade obstinada de me erguer!
-
ao sabor da pena, nas ramificações da sua frondosa árvore irradiante, metáfora da metáfora da Criação, remeto para Quando Escrevo I e Quando Escrevo II
-
Magnificat a três vozes
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Dezembro de 2010
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Dezembro de 2010
10 comentários:
três avé-marias
três magnificat
três pecados
a escrita tem vida própria
mesmo quando parece ficar para trás, dá um salto
e ultrapassa-nos
quando escrevo III,
escrevo dez ou vinte
mas este
está muito bem escrito!
manuela
MANUELA BAPTISTA
Este e ... os outros I, II e III!
Maravilhosa fórmula concerto que há tanto absorvi ...
Presunção e água benta, reconhecidos beijos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Dezembro de 2010
ESCRITO IV
16 750 = + 90 consultas nas últimas 24 horas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Dezembro de 2010
Jaime
Meu amigo
Quando se escreve ao sabor da pena, é o pensamento que libertamos na ponta dos dedos. Sendo ele tão profícuo na obstinação (preciosa) de se erguer, só pode a escrita ser espanto, para si em primeiro lugar, no surpreendente e, por vezes, labiríntico percurso que faz a mente, nessa elevação maior.
I,II,III.... Todas as que quiser deixando que a pena lhe tome o sabor!
Cada uma das vezes que escrever será sempre um passo em frente.
Beijinhos e bom fim-de-semana,
com bons pensamentos e boas escritas!
MARIA JOÃO
Querida Amiga,
Oh minha querida ...!
E quantas vezes a pena não é mesmo ... pena!
Pena e Libertação subsequente!
Um bom fim de semana para Si e um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Dezembro de 2010
Quando escreves
Encontras as palavras
Libertação
I,II,II
É o dizer da emoção num concerto
Concerto que adiciona
que propaga
Que é fruto.
Escreve mais, amigo querido
E com tão lindas imagens
Beijos aos dois
MAG NI FI CAT
_____________
I
II
III
_____________
MAG NI FI CAT
. um bom fim de semana .
.
. abraço.O .
.
LINDA SIMÕES
Minha Querida Amiga,
... muito obrigado!
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Dezembro de 2010
PAULO
Querido Amigo,
E a Si, que Lhe hei-de responder!?
Aproveito para Lhe dizer que ontem, ao fim da noite e na página anterior, achei que Lhe devia responder ao que me havia escrito em comentário de uma forma mais apropriada!
Quanto ao que aqui deixa, repito, que Lhe hei-de responder!?
Um magnífico abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Dezembro de 2010
ESCRITO V
16 820 = + 70 consultas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Dezembro de 2010
Enviar um comentário