As estrondosas revelações a que o site Wikileaks tem tido acesso e que publicamente dá, numa torrente imparável, a conhecer, levanta a questão premente da transparência na informação e, sobretudo, nas sociedades que se querem livres, democráticas e abertas.
Até que ponto concorrem ou não, estas informações amplamente disponibilizadas, pela quebra do sigilo que desencadeiam, para o desarme dos Estados de Direito, da Comunidade Internacional, perante ameaças as mais diversas que às suas soberanias as possam atingir?
Vou pôr a questão de uma outra maneira:
Até que ponto é que na sociedade da informação, à informação será possível retê-la?
Haverá uma fronteira a partir da qual seja possível ou legítimo, à luz do Direito, impedir a circulação da informação?
E que fronteira poderá, então, ser essa?
Não será a própria desinformação, informação reparável, por suposto, à luz do Direito?
Postas as perguntas fica e dilemática das respostas ...
Eu, pela minha parte, se zelo pela minha privacidade não gosto de ter um discurso nas costas e outro na frente dos meus interlocutores.
O que lhes tenho para dizer, digo-lhes cara a cara!
E fico desarmado por isso!?
Ou nessa igualmente desarmante outra face da mesma moeda que me caracteriza e que me impede, em simultâneo, de ao meu interlocutor lhe fechar a porta na cara, na transparência que aos meus gestos os acompanha, quem ficará desarmado, será ele ou serei eu, pese embora a opacidade que ainda prevalece e da qual o meu interlocutor se fará, por ora e na fonte do esgotado poder que advém do sigilo, eventualmente, valer!?
Não vejo como, na confiança que importa instilar e à qual os próprios e tão mitificados mercados, nervosos, reagem e fazem crescente apelo para não falar já na urgência da distenção global, seja possível salvaguardar o segredo dúplice, o off do on sempre furados ou fazer prevalecer a omissão ou a censura, na falência que de ambas, em nova atitude, se faz anunciar em nome da transparência por todos cada vez mais persistentemente reclamada!
E que como um Madrigal se anuncia ...
Desarmante!?
Sê-lo-à ...!
Até que ponto concorrem ou não, estas informações amplamente disponibilizadas, pela quebra do sigilo que desencadeiam, para o desarme dos Estados de Direito, da Comunidade Internacional, perante ameaças as mais diversas que às suas soberanias as possam atingir?
Vou pôr a questão de uma outra maneira:
Até que ponto é que na sociedade da informação, à informação será possível retê-la?
Haverá uma fronteira a partir da qual seja possível ou legítimo, à luz do Direito, impedir a circulação da informação?
E que fronteira poderá, então, ser essa?
Não será a própria desinformação, informação reparável, por suposto, à luz do Direito?
Postas as perguntas fica e dilemática das respostas ...
Eu, pela minha parte, se zelo pela minha privacidade não gosto de ter um discurso nas costas e outro na frente dos meus interlocutores.
O que lhes tenho para dizer, digo-lhes cara a cara!
E fico desarmado por isso!?
Ou nessa igualmente desarmante outra face da mesma moeda que me caracteriza e que me impede, em simultâneo, de ao meu interlocutor lhe fechar a porta na cara, na transparência que aos meus gestos os acompanha, quem ficará desarmado, será ele ou serei eu, pese embora a opacidade que ainda prevalece e da qual o meu interlocutor se fará, por ora e na fonte do esgotado poder que advém do sigilo, eventualmente, valer!?
Não vejo como, na confiança que importa instilar e à qual os próprios e tão mitificados mercados, nervosos, reagem e fazem crescente apelo para não falar já na urgência da distenção global, seja possível salvaguardar o segredo dúplice, o off do on sempre furados ou fazer prevalecer a omissão ou a censura, na falência que de ambas, em nova atitude, se faz anunciar em nome da transparência por todos cada vez mais persistentemente reclamada!
E que como um Madrigal se anuncia ...
Desarmante!?
Sê-lo-à ...!
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no primado da Cultura, da Paz
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 3 de Dezembro de 2010
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 3 de Dezembro de 2010
5 comentários:
se os Madrigais são cantos maternos
heróicos
pastoris
ou libertinos
contam, informam, transparentes
...as estrondosas revelações são verdadeiras?
então eu quero conhecê-las!
tudo o mais, perguntas e respondes tu, muito bem!
manuela
MANUELA BAPTISTA
Serão verdadeiras as informações?
Não sei nem sei se será assim tão importante conhecê-las para ajuizar da realidade ...!
No entanto, verdadeiras ou não, como impedir que elas, por estes ou aqueles outros meios possam circular?
E de novo remeto para o texto, post da minha primeira página!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 3 de Dezembro de 2010
SEGREDOS I
16 020 = + 65 consultas nas últimas vinte e quatro horas!
Nunca tão poucas consultas diárias tive desde que instalei o contador de visitas ...
Será porque estão todos à procura do Wikileaks!?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 3 de Dezembro de 2010
Jaime
Meu amigo
Como todas as páginas que aqui já li, esta reforça mais uma vez o quão pertinente é a palavra, na interrogação constante do mundo...
Esse mundo que gira e avança, sabe-se lá, às vezes, para onde.
A questão da informação, do direito à mesma e do reflexo do reverso que daquela, também é a desinformação...
e,
a questão da confiança desejada e urgente, porém tão artificialmente construída entre o balanço incerto( censuras e omissões incluídas) do ON e do OFF de quantos, utilizando a palavra como a cultura do gesto, transformam em cépticos permanentes, os crentes, destruindo em segundos, dois dos valores soberanos; a confiança e a cultura…
nesta reflexão, que confesso estar longe de qualquer certeza, surge-me de imediato a necessidade de algo que em comum, lá não está, nem numa, nem noutra problemática;
a ÉTICA, meu amigo!
Perdeu-se completamente , a coitada, no meio de outros valores que mais alto se foram levantando e acho que já morreu, completamente asfixiada em tantas consciências.
Um abraço amigo
MARIA JOÃO
Querida Amiga,
Se, por hipótese, à Ética a não perdi, recuso-me a admitir que ela se tenha perdido!
Grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 4 de Dezembro de 2010
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