quarta-feira, 18 de abril de 2012

PORTUGUÊS, EUROPEU E CIDADÃO DO MUNDO

, Planisfério, 1623, British Library, London [pormenor]PlapP




Português.
Sou cidadão português, de um país impulso da globalização, hoje intervencionado e, logo, com a soberania condicionada mas, por tal facto, deverei ser inibido e pesem como pesam todos os constrangimentos, do exercício pleno, universal da cidadania?
Não, muito antes pelo contrário!
O reconhecimento, nas suas consequências, de tal exercício, quer em matéria de deveres como de direitos e que aqui, neste meu blogue, paulatinamente se vai expondo, não deixaria de ser, ele também, um forte impulso, logo em termos de coesão social, aos cidadãos em geral e, em especial, aos de todos aqueles países que se encontram, como o nosso, em dificuldades, em muitos deles ainda maiores, no estímulo do exercício da cidadania indispensável diante do imparável e irresistível processo de acelerada globalização a que, nos nossos dias e como nunca, assistimos e somos parte interveniente.

Europeu.
Como português que o sou, sou irresistivelmente europeu.
Identifico-me com a Cultura Europeia e como sua marca de água, não apenas esta língua que a integra mas a sua música que ao longo dos anos aqui Vos exponho, quer uma quer a outra, sem dúvida, suas marcas identitárias.
Revejo-me, também, na Democracia e na Paz que à Europa, após as suas derivas totalitárias a assumirem as mais inomináveis barbáries, desde há mais de sessenta anos tendencialmente nela vão singrando caracterizando-a como um projeto original, único mas viável e pese embora toda a sua imensa diversidade.
A União Europeia é a expressão desse projeto que desde os anseios dos seus pais fundadores, à Europa, progressivamente a vai integrando num largo espaço como, hoje em dia, apenas nele e pesem embora todos os sinais contraditórios, os pequenos espaços geográficos têm viabilidade.

Cidadão do Mundo.
Sou europeu e cidadão do mundo!
Contradição?
Não, não me parece!
Naquilo que a Europa, como legado, de melhor tem, a universalidade dos seus valores, decididamente sou um europeu e, logo, um cidadão do mundo ao qual o abraço sem preconceitos culturais e na convicção de que o Mundo tal como a Humanidade são uns sós.
São o sabor sem cujo aroma a flor da cerejeira perderia as condições de desabrochar!
Sou cidadão do Mundo na convicção de que, pesem todas as imensas diversidades, sem o entendimento e a concertação multilateral e global entendidos à luz da Democracia, também para nós, humanos, como todos os sinos tocam a rebate, deixariam de existir condições de viabilidade.
Daqui às Américas, ao Japão e à China, pelo oriente ou pelo ocidente e no envolvimento, em abraço, repito, do sempre martirizado Sul.
Identifico-me com um Mundo e uma Humanidade tão preciosos quanto a água que bebemos ou o ar que respiramos, uma que escasseia e o outro que se vai degradando, ambos sem fronteiras e que lhe são, à Humanidade, absolutamente indispensáveis!


este é o meu Programa de Estabilidade e Crescimento ( PEC ) que aqui, desabridamente, nesta exortação evoco de novo  


 

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Abril de 2012 

2 comentários:

Hanaé Pais disse...

A deusa Europa enquadrada no espaço temporal da Antiguidade Clássica Grega.
Europa é um edifício construido sobre 3 colinas, Acrópole, Capitólio e Golgotá.
Com uma área total de 10.180.000km2com uma população de 738.200.000 habitantes.

Antiguidade Grega-Romana e o berço de Atenas como ínicio da civilização europeia e da cultura ocidental.

A lenda do minotauro:

Na ilha de Creta reinava o rei Minos, este seguindo o oráculo de Delfos, mandou construir na sua capital Cnossos o célebre, engenhoso e complexo labirinto, a onde vivia o terrível minotauro.
Homem terrível com cabeça de touro.

O rei Minos perdeu o seu filho numa batalha contra Atenas, clamou vingança e subjugou Atenas.

Apenas concedia paz a Atenas se 9em 9 anos, fossem enviados para o labirinto do minotauro 7 raparigas virgens e 7 rapazes virgens, para deleite e alimento do monstro.

Teseu o único filho de Egeu, rei de Atenas, decidiu partir para Creta para matar o minotauro e libertar a sua cidade, do jugo virginal.
No regresso a Atenas as velas seria enfunadas com a cor branca e seria a prova da sua vitória.
Na prisão Teseu aguardava a hora do sacrifício.

Ariane filha do rei Minos que passeava pelos jardins, perto da prisão apaixonou-se no primeiro olhar por Teseu. Ofereceu-lhe uma espada mágica para matar o monstro e um fio para ele conseguir encontrar a saida do labirinto.
E com voz embargada disse-lhe: Salvo-te a vida com o risco, da minha própria vida, salvar-me-ás tu, por teu lado?
Emocionado e apaixonado Teseu jurou e prometeu.
Teseu debateu-se e quase desfaleceu, mas com a espada mágica matou o minotauro e com o fio regressou aos braços da sua amada. Levando consigo os 14 jovens virgens atenienses.

Partiram no barco de regresso a Atenas. Mas jovens com a euforia inerente e distração bem presente colocaram as velas negras.
Egeu quando viu as velas negras considerou que o seu filho tinha morrido e mandou-se pela escarpa para o mar.(mar Egeu)

Teseu tornou-se rei de Atenas e as suas proezas viveram para sempre na memória dos homens.

A terra helénica, situada na margem esquerda do mar Egeu, a ocidente do Bósforo, a oriente a Ásia, deixou-nos um vasto legado como a cidadania, a democracia e a primeira talassocracia.

Hoje a Grécia, que deu origem à Europa, resiste à agressividade da senectude do tempo.
E nós Europeus, aguardamos melhores dias...
Quando será?
Só o tempo o dirá...
Depende do esforço e sacrifício de todos os Europeus.

manuela baptista disse...

eu

europeia e cidadã do mundo

os dias bons, são anseio de toda a humanidade

linda a música da flor de cerejeira!
Sakura