In the dark
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Estrategicamente, o que está em causa é saber de que ponto partimos, se de um olhar antropomórfico, centrado no Homem ou se de um olhar que sendo humano, nem de outra maneira o poderia ser, humanista mesmo, mais abrangente do que o próprio Homem o seja no alcance e na interpretação que às alterações climáticas e aos desequilíbrios ambientais, ecológicos os tentem interpretar e decididamente, com visão global, universal, enfrentar.
É o Homem o predador central que conduz às alterações climáticas, são os ciclos do próprio planeta Terra ou outras variantes terão de ser tidas em linha de conta e todas devidamente equacionadas!?
No meu convencimento, se é certo que a atitude do Homem contribui e de que maneira, para exponenciar esses factores de desequilíbrio, em si mesmos perturbadores, há causas astrofísicas que impõem outro olhar e urgente inflexão no Paradigma que nos tem orientado e que se esgotou.
Olhe-se para o que aqui tenho deixado escrito desde o início deste meu blogue, para não falar de tudo o que está para trás, e veja-se como de desdobramento em desdobramento, na contraditoriedade do real o meu pensamento evolui como se à complexidade deste, do real e perfurando-a em contínuo este se desenvolvesse como buraco sem fim e mesmo quase se contraditando de página para página numa espiral reflexo que, como em todos nós, de outra de dimensões astronómicas emana e que de tão gigantesca dela mal nos apercebemos.
Vórtice ...
Vórtice que nos suga e que a mim próprio, no pensamento exposto me extenua e delapida!
Esta é a tese de que parto, a de que, no turbilhão de imensa massa do Universo fomos absorvidos por um Buraco Negro no desgaste implícito que essa mesma absorção, não tão imperceptivelmente como isso, desencadeou e que a acção do Homem ainda mais potenciou.
Numa travessia que afinal, até agora, se cumpriu mas com êxito apenas relativo e não ainda inteira e integralmente bem sucedida!
Tema recorrente a ele volto com sempre redobrada persistência ...
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Fevereiro de 2010
7 comentários:
O que está em causa é a Arte da fuga,
quanto mais fugirmos dos buracos negros, melhor!
Quanto ao texto, merece uma atenção apurada mas graças ao talento de Glenn Gould, perdi-me em conjecturas que nada têm a ver com o que verdadeiramente está em causa II, ou não.
amanhã, despida da minha identidade carnavalesca de Ivone Maria, voltarei para te enfernizar a vida com as minhas observações, está bem? Agora já estou a trocar o t pelo q...
Manuela
Travestida de Ana maria
venho aqui para falar que o Que está em causa II nos chama a atenção para o fato de ser o Homem predador de si...Interpretações,equações de todos os tipos e nunca chegamos ao denominador comum. O buraco cresce e com ele, nossas interrogações...
Tema relevante,sr...
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Acredito que ligo para o José depois da folia de Momo...O DDI é 351?
Para o casal ímpar,meu beijo
MANUELA BAPTISTA
Enganas-te!!!
Não há como fugir a um Buraco Negro, por isso há que encará-lo, por exemplo, na Arte da Fuga ...
Bach e Glenn Gould não surgem aqui por acaso já que a fuga que um Buraco Negro nos proporciona, longe estaríamos, eventualmente, de o imaginar, na medida em que se trata da Passagem a uma outra e mais subtil dimensão, ainda hoje se encontra por aferir com todo o rigor!
Tem, seguramente, uma relação metafórica com o travestimento de um nome, por isso, Ivone Maria, adoro o nome (!), despe-te lá do pseudónimo e encara o facto, a tese, a hipótese de frente e sem subterfúgios!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Fevereiro de 2010
ANA MARIA
Travestida de Linda Simões,
O denominador comum, desculpe-me, é a Travessia de um Buraco Negro, não na sua assepção metafórica mas real, enquanto entidade e fenómeno astrofísicos e que de tão astronómicos e invisíveis, não se esqueça que um Buraco Negro, no Universo, apenas se torna perceptível por exclusão de partes, se produz numa parcela muito significativa de tempo, geracional, o que remete sim, com acuidade acrescida, para o nosso efeito predador e para a necessidade candente de o contrariar com redobrada emergência!
Sob pena, como escreve, de os efeitos da travessia nos poderem vir a ser fatais!!!
O indicativo do Brasil para o José!?
Segundo a telefónica nacional, a Linda terá de marcar 0021 351 261 859 748
Beijinho e não espere pelo fim do Carnaval não vá o Zé entrar em ânsias
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Fevereiro de 2010
CONTEXTUALIZAÇÃO
A velocidade a que tudo se passa está, ela também e como aferidor da Travessia, intimamente associada à Estrela Negra, chamar-lhe-ei assim e para não me repetir, pelo efeito de acelaração próprio de um fenómeno que tende a escapar-nos, e no desgaste inerente que a própria velocidade crescente da mesma potencia ...
O que se dava por adquirido, imediatamente deixa de o ser num efeito de acelaração Histórica que não conhece, aparentemente, limites!
Tudo isto no império da visão, em sentido estrito, ela própria inimiga do que se vê, sente (!), para lá do que se vê e perante o efeito de sucção que, todavia, se pressente ...
Não é por acaso que os antigos e ainda hoje, muitos têm ainda um pavor irracional dos eclipses:
Tal acontece porque eles, os eclipses, assemelham-se graficamente a um Buraco Negro e nada nos garante que no nosso genes a esse pavor o não transportemos, quiçá, fruto de outras travessias, no Passado remoto, não assim tão bem sucedidas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Fevereiro de 2010
"É o Homem o predador central que conduz às alterações climáticas, são os ciclos do próprio planeta Terra ou outras variantes terão de ser tidas em linha de conta e todas devidamente equacionadas!?"
Eu diria que sim... outras variantes teremos de ter em conta no equacionar da questão...!!Não deixando, contudo, o homem de ser o predador central..!
Muitos abraçinhos..!
dulce ac
DULCE QUERIDA
Vai-me desculpar este meu desabafo:
Quando digo que atravessámos um Buraco Negro, atravessámos é pouco porque sempre me refiro a uma enorme parcela do Universo conhecido, fico sempre com a sensação de que os meus leitores ou entendem o que escrevo como uma metáfora ou como uma imagem poética e não como acontecimento real em si mesmo e com os instrumentos que possuímos possível de observar à escala do próprio Universo.
Estrela feita de matéria negra, logo Buraco, de dimensões sempre fenomenais à nossa escala, invisível também, ele é detectado pelas perturbações que em seu redor desencadeia pelo efeito de sucção, aspiração da matéria, isto é, de planetas, sóis, sistemas solares ou mesmo inteiras galáxias que por ele, na atracção irreversível que desencadeia são sugados desaparecendo no seu interior.
Não há muito tempo e da boca de um cientista da desta área, um astro-físico, ouvi qualquer coisa como o que se segue:
Sabe-se que a matéria ao seu alcance é por ele aspirada;
Sabe-se também que do outro lado, a massa permanece;
Sabe-se ainda que fruto dessa sucção, as leis que organizam a matéria, do outro lado, se alteram e ainda que subtilmente.
Resta saber como!
E se à predação do Homem somarmos esta hipótese que há longos anos desenvolvo e na qual persisto, que papel central, tendo sobrevivido à Travessia, o Homem não terá de ter perante a fragilidade acrescida da organização da matéria que, dela, da Travessia resultante, importa salvaguardar e prevenir?
Mas, admitindo como plausível a minha hipótese, se escamotearmos essa Travessia, estaremos, então, a interpretar tudo mal com efeitos, aliás, imponderáveis e imprevisíveis!
Um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Fevereiro de 2010
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