"Who is it that says most? which can say more Than this rich praise, that you alone are you? In whose confine immured is the store Which should example where your equal grew. Lean penury within that pen doth dwell That to his subject lends not some small glory; But he that writes of you, if he can tell That you are you, so dignifies his story, Let him but copy what in you is writ, Not making worse what nature made so clear, And such a counterpart shall fame his wit, Making his style admired every where. You to your beauteous blessings add a curse, Being fond on praise, which makes your praises worse." Unquote
Teria preferido, é certo, uma opinião mais pessoal mas assim sendo, obrigas-me a ler com calma e vacilantemente essa Referência incontornável, para mais na língua mãe!
Um abraço, teu
Jaime Latino Ferreira Estoril, 14 de Outubro de 2009
Caro Jaime, Li agora a tua asserção no meu Blogue. Uma vêz que parte da resposta já está, em antecipação, respondida, limitar-me-ei tão só a satisfazer a tua curiosidade, quanto à razão do Zebracial. Aquando da tentativa de criar um novo blogue, todas as denominações inseridas, correspondentes, quer aos meus nomes, quer ao apelido, estavam indisponíveis, zebracial resultou simplesmente da junção da abreviatura do meu nome (José) com o da localidade onde moro (Bracial) 1 abraço
Antes de mais, obrigado pelos esclarecimentos, afinal, tão óbvios, para o nome do teu blogue.
Como o óbvio, na falta de uma pequena pista, se pode tornar num intrincado problema a resolver!
Quanto à resposta dada por antecipação:
Já li o poema de Shakespeare umas três vezes e, aos poucos, vou-lhe apreendendo o sentido que, aliás, não sei se abonará assim tanto a meu favor ...
Mais adiante e porque sou preguiçoso e não me apetece recorrer ao dicionário, talvez pela musicalidade que o emprenha te possa vir, enfim, a retorquir ou não.
Em qualquer caso, muito obrigado com um abraço
Jaime Latino Ferreira Estoril, 14 de Outubro de 2009
O dia D para a música brasileira, já Lhe respondi (!), não me contempla já que sou português, estou desinformado sobre os assuntos para que me alerta, não sei o que é o PEC e não tenho como pressionar os Vossos deputados!!!
Deixe-me, já agora, que Lhe diga, parecer-me um tanto abusivo entrar por aqui dentro e sem mais, sem tão pouco me pedir autorização (!), usar deste espaço para propagandear uma causa de cuja justeza eu só duvido pela maneira como, intrusivamente, aqui se impõe.
E, para mais, sendo certo que nem se dará ao trabalho de ler ou justificar-se perante esta minha reacção!
Não Lhe parece ser esta minha indignação de toda a legitimidade e nem que mais não seja por uma questão de educação!?
Sem mais
Jaime Latino Ferreira Estoril, 14 de Outubro de 2009
Apenas hoje, dia 15, me atrevi a pegar no dicionário, perdendo, no entanto e como já o temia, nesse exercício, a visão de conjunto ...
É danado o nosso, porque não dizê-lo (!?), Shakespeare!!!
Mas tu não o és menos, convenhamos, embora tenha de admitir que o pespegaste aqui, conforme o escreves, antes de seguires o pedido, a asserção que no teu blogue te fazia ...!
A tua reacção teve, deste modo, um carácter muito mais espontâneo e verdadeiro.
Terás, porventura, uma tradução fidedigna da citação poética, julgo que o poderei dizer sem abuso (!?), que me dedicaste?
Ou será que quando me escreves, enjoy, with no further comments (...), estavas já a contemplar a recusa dessa e não de outra qualquer achega!?
Aguardo reacção, pacientemente.
Um Abraço
Jaime Latino Ferreira Estoril, 15 de Outubro de 2009
Caro Jaime, Para complemento mais detalhado de raciocínio e eventual conclusão interpretativa, estou a enviar-te, em separado, uma detalhada análise deste soneto, a qual pela sua extensão segue por mail. É bastante exaustiva, analisando cada um dos versos, por quadra e terceto. Bom exercício! 1 Abraço Zé
Já te respondi ao teu mail onde, infelizmente, não consegui ler os anexos!
Mas, entre o autor e o outro autor, o destinatário do soneto, neste caso eu mesmo, tu próprio me fizeste dele destinatário concedendo-me essa enorme honraria, há ou não uma linha interpretativa que se estabelece e independentemente de outros filtros que de todas as interpretações se possam extrair ...
( ... )
But he that writes of you, if he can tell That you are you, so dignifies his story, Let him but copy what in you is writ, Not making worse what nature made so clear,
( ... )
Cito como se dizendo que Shakespeare é, ele mesmo, suficientemente claro, ainda que tremendamente complexo, ao ponto de dizer que o que escreve é, por si só, transparente que baste para que ainda venha a necessitar de traduções interpretativas que agravando tudo, ao que foi escrito obscurece!
É que, Meu Caro, não te livras de me teres associado Shakespeare ao que eu escrevi.
Ai não te livras não!
Um Abraço
Jaime Latino Ferreira Estoril, 15 de Outubro de 2009
Caríssimo, Espero que tenhas recebido o meu novo reenvio, desta feita em nova versão do word. Se ainda não recebeste, aqui vai uma parte irrisória da análise, generalista e algo dispersa, talvez até um pouco descontextualizada.
(...) the implication is, more or less, that all language is useless, for what after all is the point of asserting time and again that 'you are you', and how could language itself, something entirely isolated and separate from the youth's existence, do anything but provide an empty shell as an example of the thing itself? The conclusion therefore is that all poetry in this context is worthless, especially that of the rival poet(s), who flatter to deceive. But the youth himself is (deliberately it seems) brought in to undermine the conclusion - perhaps he is not the perfect exemplar described in the first four lines, for he has a sickly interest in this false praise that is heaped on him, and this flaw in his character only makes the situation worse, for the more he welcomes it, the more of it is generated and thrown upon him.
(...)
Reparei que, na tentativa de encontrares uma interpretação plausível, pegaste no terceiro verso da segunda quadra e vais por aí fora... Desculpa, mas remeto-te para a análise exaustiva, verso a verso, que te enviei, ou se preferires, para uma análise mais ligeira como acima. 1 Abraço, Zé
Antes de mais, assim é que é, assim é que eu gosto, gosto quando as pessoas, sem darem parte fraca, se dispõem exaustivamente a contra-argumentar, isto é, em si mesmo, reflectir, dialogar, trazer luz e contigo já não nem a primeira nem a segunda vez que tal acontece.
Regozijo!
Agora, vamos lá ver:
Eu tenho a culpa de ter poemado em inglês e, portanto, não me posso queixar que me returcas na língua e pela boca de Shakespeare e dos seus comentadores mas eu é na de Camões que nado que nem peixe e nela vou pois situar-me:
Apenas a título de exemplo citei os quatro versos do Soneto de Shakespeare, não pretendendo daí concluir que neles se esgotasse a interpretação do poema mas antes a propósito do que me havias escrito antes;
Da análise que por amostra aqui patenteias não me parece nada que, a escrita do anything but provide an empty shell as an example of the thing itself;
O artista e por mais que se vire para o mundo e nele se projecte, é dele próprio que autobiograficamente escreve não se escamoteando de parte que possa ter a ver com a sua juventude nem é uma concha vazia;
A grande força das Obras, das mesmo grandes reside aí, nessa capacidade que tenha de, expondo-se a si mesmo se consiga identificar com os seus destinatários, os que o leiam como uma concha que em vez de estar vazia, por mais que se esvazie fica sempre cheia;
Eu não gosto de me escudar em terceiros, repito, e prefiro fazer, eu próprio e pesem todos os riscos, as minhas próprias interpretações;
E quanto ao mais já te o disse:
Se me reajes remetendo para Shakespeare, mas que enorme honraria me concedes!
Valeu o modesto poema!!!
Um grande abraço, teu
Jaime Latino Ferreira Estoril, 15 de Outubro de 2009
assim é. Bastante dano pode fazer a (ou uma qual seja)língua...mais, do que o punho que a escreve. Longe de mim, podes crer, reduzir ou implicitamente delatar a exuberância que dedicas ao teu ego. Assim, queda-te com a honraria que alegadamente assumes ter-te concedido. Ao contrário, é para mim elevada distinção, conferires-me tal reconhecimento honorífico. Não pretendendo dirimir, este ou quaisquer outros temas, te reiterarei todavia que estas refregas semânticas (ad litteram) me esgotam um pouco. Vou tentar, no futuro, abster-me de comentar tão substantivamente, remetendo-me à exultação verbal habitual dos néscios; talvez assim passando (oxalá) despercebido. 1 abraço Zé
Pois é precisamente isso que espero, não te deixes ser tentado a fazer!
Concedo-te outra honraria:
Nunca antes como contigo, me vi obrigado, deontologicamente obrigado, entenda-se (!), a ler e reler um soneto de Shakespeare na língua mãe e a tentar escalpelizá-lo assim como o fiz procurando percebê-lo e, nomeadamente, na sua relação com o que escrevi, coisa que, confesso-te, ainda o consegui só pela metade!
Méritos não te faltam nas incursões que por aqui tens feito e por tal, sem regatear te agradeço.
Um grande abraço
Jaime Latino Ferreira Estoril, 15 de Outubro de 2009
26 comentários:
REFLECTION
Upside down
I thought and see
the yellow bird
singing on a tree
the monkey threw
the flower away
upside down
a poem free
Manuela Baptista
MANUELA BAPTISTA
Yesss!
Demos, então, um pouco de espaço à criatividade em inglês e como ela nos aprouver ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2009
Boa tarde,
Por vezes quando se está literalmente de perninhas para o ar, é que vemos o direito das coisas!
Beijinhos
FILOMENA
Então, está de pernas para o ar!?
Vou já telefonar-Lhe!!!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2009
Just quoting Shakespeare...
Quote
"Who is it that says most? which can say more
Than this rich praise, that you alone are you?
In whose confine immured is the store
Which should example where your equal grew.
Lean penury within that pen doth dwell
That to his subject lends not some small glory;
But he that writes of you, if he can tell
That you are you, so dignifies his story,
Let him but copy what in you is writ,
Not making worse what nature made so clear,
And such a counterpart shall fame his wit,
Making his style admired every where.
You to your beauteous blessings add a curse,
Being fond on praise, which makes your praises worse."
Unquote
enjoy, with no furter comments...
E não é que ligou?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Beijíssimos
Filomena
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
Assim escudado, agora é que me deixaste sem pio!
Teria preferido, é certo, uma opinião mais pessoal mas assim sendo, obrigas-me a ler com calma e vacilantemente essa Referência incontornável, para mais na língua mãe!
Um abraço, teu
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2009
FILOMENA
Quando digo uma coisa, faço-a ...
Ora esta!
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2009
Caro Jaime,
Li agora a tua asserção no meu Blogue.
Uma vêz que parte da resposta já está, em antecipação, respondida, limitar-me-ei tão só a satisfazer a tua curiosidade, quanto à razão do Zebracial.
Aquando da tentativa de criar um novo blogue, todas as denominações inseridas, correspondentes, quer aos meus nomes, quer ao apelido, estavam indisponíveis, zebracial resultou simplesmente da junção da abreviatura do meu nome (José) com o da localidade onde moro (Bracial)
1 abraço
Upside down...for better or for horse...
Estou aqui.Meu inglês é pequeno,igual a mim.
rsrsrsrs
Viva a liberdade!
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
Antes de mais, obrigado pelos esclarecimentos, afinal, tão óbvios, para o nome do teu blogue.
Como o óbvio, na falta de uma pequena pista, se pode tornar num intrincado problema a resolver!
Quanto à resposta dada por antecipação:
Já li o poema de Shakespeare umas três vezes e, aos poucos, vou-lhe apreendendo o sentido que, aliás, não sei se abonará assim tanto a meu favor ...
Mais adiante e porque sou preguiçoso e não me apetece recorrer ao dicionário, talvez pela musicalidade que o emprenha te possa vir, enfim, a retorquir ou não.
Em qualquer caso, muito obrigado com um abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2009
RENATA SEIXAS
O dia D para a música brasileira, já Lhe respondi (!), não me contempla já que sou português, estou desinformado sobre os assuntos para que me alerta, não sei o que é o PEC e não tenho como pressionar os Vossos deputados!!!
Deixe-me, já agora, que Lhe diga, parecer-me um tanto abusivo entrar por aqui dentro e sem mais, sem tão pouco me pedir autorização (!), usar deste espaço para propagandear uma causa de cuja justeza eu só duvido pela maneira como, intrusivamente, aqui se impõe.
E, para mais, sendo certo que nem se dará ao trabalho de ler ou justificar-se perante esta minha reacção!
Não Lhe parece ser esta minha indignação de toda a legitimidade e nem que mais não seja por uma questão de educação!?
Sem mais
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2009
LINDA SIMÕES
Minha Querida,
Para o melhor e para o pior, desculpe-me lá este incómodo!
Será apenas passageiro.
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Outubro de 2009
The sun as gone to bed
and so must I
so long
farewell
Good by!!!
Oh, minhas queridas Brasileiras mexam-se lá com o dia D da música!
Eu gosto do Caetano, da mana, do Chico e dos outros, mas não podemos contactar os vossos deputados!
Não estamos upside down, ou estamos?
Manuela Baptista
MANUELA BAPTISTA
É isso mesmo, vamos para a cama que já se faz tarde!
Pode ser que durante a noite as nossas amigas brasileiras venham aqui pôr a Renata Seixas na ordem ou então esclarecer-nos dessa do dia D ...!
Entretanto vou ler uma vez mais o poema de Shakespeare com que o Zé Ferreira me brindou.
Farewell
Good night
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
Sleep well and nice dreams!
Kisses from the north.
Ana Cristina
NINI
Minha Querida,
Ah, bem me parecia que me estava aqui a faltar alguém ...!
Gostou?
From the South of such a little house!
'jinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
JOSÉ FERREIRA
Caríssimo,
Apenas hoje, dia 15, me atrevi a pegar no dicionário, perdendo, no entanto e como já o temia, nesse exercício, a visão de conjunto ...
É danado o nosso, porque não dizê-lo (!?), Shakespeare!!!
Mas tu não o és menos, convenhamos, embora tenha de admitir que o pespegaste aqui, conforme o escreves, antes de seguires o pedido, a asserção que no teu blogue te fazia ...!
A tua reacção teve, deste modo, um carácter muito mais espontâneo e verdadeiro.
Terás, porventura, uma tradução fidedigna da citação poética, julgo que o poderei dizer sem abuso (!?), que me dedicaste?
Ou será que quando me escreves, enjoy, with no further comments (...), estavas já a contemplar a recusa dessa e não de outra qualquer achega!?
Aguardo reacção, pacientemente.
Um Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
JOSÉ FERREIRA
Caríssimo,
Antecipo-me e corrija-me:
Se entendi bem e resumindo, o melhor elogio reside no que se escreva e não no que se escreva a propósito do que foi escrito!
Em todo o caso, descanse, porque não me subiria à cabeça ...
Tenho disso um longo e exaustivo treino!
Uma vez mais, muito obrigado e com um fortíssimo abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
Caro Jaime,
Para complemento mais detalhado de raciocínio e eventual conclusão interpretativa, estou a enviar-te, em separado, uma detalhada análise deste soneto, a qual pela sua extensão segue por mail. É bastante exaustiva, analisando cada um dos versos, por quadra e terceto.
Bom exercício!
1 Abraço
Zé
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
Já te respondi ao teu mail onde, infelizmente, não consegui ler os anexos!
Mas, entre o autor e o outro autor, o destinatário do soneto, neste caso eu mesmo, tu próprio me fizeste dele destinatário concedendo-me essa enorme honraria, há ou não uma linha interpretativa que se estabelece e independentemente de outros filtros que de todas as interpretações se possam extrair ...
( ... )
But he that writes of you, if he can tell
That you are you, so dignifies his story,
Let him but copy what in you is writ,
Not making worse what nature made so clear,
( ... )
Cito como se dizendo que Shakespeare é, ele mesmo, suficientemente claro, ainda que tremendamente complexo, ao ponto de dizer que o que escreve é, por si só, transparente que baste para que ainda venha a necessitar de traduções interpretativas que agravando tudo, ao que foi escrito obscurece!
É que, Meu Caro, não te livras de me teres associado Shakespeare ao que eu escrevi.
Ai não te livras não!
Um Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
Caríssimo,
Espero que tenhas recebido o meu novo reenvio, desta feita em nova versão do word.
Se ainda não recebeste, aqui vai uma parte irrisória da análise, generalista e algo dispersa, talvez até um pouco descontextualizada.
(...)
the implication is, more or less, that all language is useless, for what after all is the point of asserting time and again that 'you are you', and how could language itself, something entirely isolated and separate from the youth's existence, do anything but provide an empty shell as an example of the thing itself? The conclusion therefore is that all poetry in this context is worthless, especially that of the rival poet(s), who flatter to deceive. But the youth himself is (deliberately it seems) brought in to undermine the conclusion - perhaps he is not the perfect exemplar described in the first four lines, for he has a sickly interest in this false praise that is heaped on him, and this flaw in his character only makes the situation worse, for the more he welcomes it, the more of it is generated and thrown upon him.
(...)
Reparei que, na tentativa de encontrares uma interpretação plausível, pegaste no terceiro verso da segunda quadra e vais por aí fora...
Desculpa, mas remeto-te para a análise exaustiva, verso a verso, que te enviei, ou se preferires, para uma análise mais ligeira como acima.
1 Abraço,
Zé
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
Antes de mais, assim é que é, assim é que eu gosto, gosto quando as pessoas, sem darem parte fraca, se dispõem exaustivamente a contra-argumentar, isto é, em si mesmo, reflectir, dialogar, trazer luz e contigo já não nem a primeira nem a segunda vez que tal acontece.
Regozijo!
Agora, vamos lá ver:
Eu tenho a culpa de ter poemado em inglês e, portanto, não me posso queixar que me returcas na língua e pela boca de Shakespeare e dos seus comentadores mas eu é na de Camões que nado que nem peixe e nela vou pois situar-me:
Apenas a título de exemplo citei os quatro versos do Soneto de Shakespeare, não pretendendo daí concluir que neles se esgotasse a interpretação do poema mas antes a propósito do que me havias escrito antes;
Da análise que por amostra aqui patenteias não me parece nada que, a escrita do anything but provide an empty shell as an example of the thing itself;
O artista e por mais que se vire para o mundo e nele se projecte, é dele próprio que autobiograficamente escreve não se escamoteando de parte que possa ter a ver com a sua juventude nem é uma concha vazia;
A grande força das Obras, das mesmo grandes reside aí, nessa capacidade que tenha de, expondo-se a si mesmo se consiga identificar com os seus destinatários, os que o leiam como uma concha que em vez de estar vazia, por mais que se esvazie fica sempre cheia;
Eu não gosto de me escudar em terceiros, repito, e prefiro fazer, eu próprio e pesem todos os riscos, as minhas próprias interpretações;
E quanto ao mais já te o disse:
Se me reajes remetendo para Shakespeare, mas que enorme honraria me concedes!
Valeu o modesto poema!!!
Um grande abraço, teu
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
Meu caro,
"plus in maledicto quam in manu est injuria"
assim é.
Bastante dano pode fazer a (ou uma qual seja)língua...mais, do que o punho que a escreve.
Longe de mim, podes crer, reduzir ou implicitamente delatar a exuberância que dedicas ao teu ego.
Assim, queda-te com a honraria que alegadamente assumes ter-te concedido.
Ao contrário, é para mim elevada distinção, conferires-me tal reconhecimento honorífico.
Não pretendendo dirimir, este ou quaisquer outros temas, te reiterarei todavia que estas refregas semânticas (ad litteram) me esgotam um pouco.
Vou tentar, no futuro, abster-me de comentar tão substantivamente, remetendo-me à exultação verbal habitual dos néscios; talvez assim passando (oxalá) despercebido.
1 abraço
Zé
JOSÉ FERREIRA
Meu Prezado Amigo,
Pois é precisamente isso que espero, não te deixes ser tentado a fazer!
Concedo-te outra honraria:
Nunca antes como contigo, me vi obrigado, deontologicamente obrigado, entenda-se (!),
a ler e reler um soneto de Shakespeare na língua mãe e a tentar escalpelizá-lo assim como o fiz procurando percebê-lo e, nomeadamente, na sua relação com o que escrevi, coisa que, confesso-te, ainda o consegui só pela metade!
Méritos não te faltam nas incursões que por aqui tens feito e por tal, sem regatear te agradeço.
Um grande abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
JOSÉ FERREIRA
E mais,
Já não consegues passar despercebido!
Teu
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
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