Folha a folha cai ao chão
é minha eterna canção
quanto mais se ergue meu som
raiada a folha tem dom
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Página a página com
sempre alterado seu tom
repisa e volta ao refrão
do que vos canto ao serão
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Polifónico cantochão
melodia e oração
sem mágoa meu conto é água
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Fonte que desagua
brinquedo e minha grua
meu poema e meu sermão
-
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 17 de Novembro de 2009
11 comentários:
Bonito poema.
Sem qualquer sentido depreciativo, refiro que são de facto dois tipos de música que oiço sem grande entusiasmo.
A sacra e a de câmara.
Reconheço, todavia, que algumas composições me conseguem despertar o ouvido, com agrado.
Abraços,
Zé
JOSÉ FERREIRA
Amigo meu,
Ah Zé ...!
Saliento:
Na viagem histórica pela música cruzamo-nos com as ambiências espaço/temporais que a História guarda e que no espaço, não há escavações arqueológicas outras senão a música, capaz de nos fornecer e às quais, de novo, transportar ...!
Obrigado pelo encómio, abraços, teu
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Novembro de 2009
Jaime,
teu canto é água que jorra da fonte, SERENA...
...
Beijinhos,
Linda Simões
LINDA SIMÕES
Linda serena
a fonte
beija morena
tua fronte
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Novembro de 2009
Cantochão
monofônico canto
origem
princípio
de outros ritos
celebração
de Deus
em cada um de nós
Nas igrejas acuais há sempre demasiado ruído...
O poema está muito bonito!
Manuela
...nas igrejas actuais!
Alguém sabe o que são acuais?
MB
MANUELA BAPTISTA
Foneticamente
acuais ou
aquáticas
de transparentes
ou translúcidas
iguais
ou
actuais
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Novembro de 2009
Manuela,
Acuais está, na circunstância, muito bem aplicado, tal como o aplicou, às igrejas actuais!
Sei que vou levar na pinha mas de facto um dos significados é "retroceder, ou andar para trás" o que, na minha modesta opinião, se aplica plenamente às igrejas actuais.
Jaime,
Já agora não me venhas dizer que dar graças a Deus não é inócuo! Terei de concluir que O evocas em vão?
Quanto aos louvores ao teu versejar, não é para agradecer.
Amigo, o seu a seu dono!
Sem bajulações!
Um abraço a ambos,
Zé
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
Vai mas é ler a página que se segue!!!
Abraços
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Novembro de 2009
Jaime, Olá!
Este poema está inquestionávelmente à Sua imagem,
àquela que nos vai permitindo vislumbrar neste Lugar, do que antes já Escreveu,
e nós comentámos
e questionámos
e de novo nos escreveu...
e onde voltamos Sempre
com a mesma, senão maior, vontade de comentar e questionar e contraditar(??!!)
Muito bonito!
Manuela, olá, aproveito a oportunidade para lhe dizer que acuais para mim foi mesmo actuais, foi assim que li quando pela primeira vez o escreveu. Tenho dito!
Beijinhos para os Dois e
Uma boa noite, claro!
DULCE AC
Minha Querida,
Então vamos lá, questionando, comentando e contraditando!
Obrigado e muitos beijinhos de boa noite para Si e para os Seus
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Novembro de 2009
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