I
O eco que vem do mar
lançado por uma funda
é atirado pelo ar
à terra salpica e inunda
II
É uma voz que se afoga
nas águas que engole salgada
como uma alma penada
um turbilhão que se arroga
III
Uma pedrinha que roga
no meio em que fica molhada
uma coisa que se afunda
sem termos dado por nada
IV
A pedra ecoa na estrada
que ao remoinho interroga
do gritar não saciada
que a outros ela secunda
V
Mas que estória lamentada
de pedrinha que sufoca
ressoa à balaustrada
da minha margem fecunda
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Novembro de 2009
3 comentários:
ECOS
Os ecos ressoam submersos pelo remoínho em que no turbilhão se afogam ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2009
como vês o eco responde...
assim não tens que mudar o nome à página!
pedrinha com pedrinha, fazem zig zig zá
(como não foste escuteiro, não vais perceber nada)
Manuela Baptista
MANUELA BAPTISTA
De facto não fui escuteiro mas como um zá acrescento eco ao eco do eco!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2009
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