Saber é não ter medo de fazer
logo o que se faça a dizer
nem tão pouco de amar
aquilo que se saiba dar
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É dirigir-me a Deus como par
ou a Ti mesmo sem ar
de quem detentor do saber
o Outro o não possa ser
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Pois és Tu Outro e ímpar
inigualável Teu estar
por mais que difira o parecer
-
Sejas sem Deus o querer
pura vontade de erguer
um Mundo onde respirar
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Junto às águas deste rio
Babilónia choro
ao recordá-la
rogo
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( Cânone livre por mim escrito e vertido em música em variação a um outro, em inglês, de Jos Wuytack, cujas gravações, infelizmente, eu não possuo, reportadas ao tema Super Flumina Babylonis, aqui tão bem ilustrado )
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Novembro de 2009
24 comentários:
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
É, como escreves na caixa de comentários da página anterior, o coração que sente Deus mas eu acrescento que não há, necessariamente, incompatibilidade entre estes, Deus ou o coração, e a razão!
Mais e mais abraços, de par para par e com ou sem par
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Novembro de 2009
"Como cantaremos a canção do Senhor, numa terra estranha?"
Sabemos sempre quando Ele está
e temos a certeza da Sua ausência
Que dizer do poema e da música?
Ficam bem na excelência do Outro!
Manuela
Pois...
Meu caro,
Creio que existe apenas um bem, sobre todos os outros, o saber. Não ter medo de o exprimir, pode por vezes ser temerário, mesmo quando se quer dar...sem nada pedir...
Lamento, mas não obstante a tua exímia esgrima semântica, continuo sem percepcionar a compatibilidade dialéctica entre Razão e o coração, tal como, por extensão, a relação entre o que tu acreditas e o que, contrariamente, eu não consigo entender como explicação Racional.
Não me considerando saturniano, não te nego portanto o direito de em sentido apologético, ou simplesmente por devoção, elevares o sentimento, a crença e a reiterada convicção que tens demonstrado acerca Dele.
Estas considerações não excluem a minha já redundante constatação na tua facilidade poética, que admiro, embora nem sempre esteja de acordo com as explicitas ou implícitas mensagens que encerram.
Já agora...
Seremos só nós( Manuela, tu e eu) a dar a cara?
Zé
Já cá estamos três!
Mas verdadeiramente dar a cara, só o Zé o faz.
Nós damos a caneta...
Um abraço
Manuela
"Saber é não ter medo de fazer logo o que se faça...
É dirigir-me a Deus..."
Muito bonito,Jaime.Poema e música ,combinação perfeita.
...
Um abraço
Manuela,
Não!
Não acredito nessa sua alegada (aparente) redução ao papel de escriba...
Não há problema!
Por certo o Jaime já por aí virá, não tarda, com a caneta em riste!
À Linda Simões,
Não ter medo de fazer o que se faça,é saber..
Cuidado, é um dos grandes erros da Humanidade, com resultados bem evidentes!
É preciso não esquecer que saber é um bem, mas a ignorância poderá, mal aplicada, ser um mal.
Assumindo o saber como fazer, sem ter medo de fazer, evocar, Deus em caso de desgraça não é desculpa, é ignorância, é um mal.
manuscrevendo, a lápis 7B, me assumo,
Zé
JOSÉ FERREIRA
Meu Bom Amigo,
Olha que se fôssemos só nós os três a dar a cara já não seria trindade a desperdiçar ...!
Agora a sério e sem intenção provocatória.
Quanto à compatibilidade dialéctica entre Razão e coração ou se quiseres e mais latamente, o sentimento.
Apenas uma breve reflexão racional:
Se tudo se resumisse a Razão pura, que lugar sobraria à Estética?
Que mundo seria esse?
Escreves-me aqui da minha facilidade poética que logo dizes admirar mas se tudo se resumisse a razão pura os meus poemas não passariam, provavelmente, de fórmulas matemáticas e em relação a elas logo interviria Einstein sublinhando que a estas não bastaria que estivessem matematica, racionalmente correctas sem que esteticamente o fossem também.
Nos nossos dias é já uma constatação científica existirem, dialecticamente enfaixadas umas nas outras, variados tipos de racionalidades que vão da visual à táctica, da auditiva à cinestésica, da sensorial à racional propriamente dita e que todas elas, dialécticas, dão corpo à Razão ...!
Mas és tu que me estás a puxar nesta direcção quando o que por mim importa sublinhar é a complementaridade e não a exclusão dos saberes e se com a devida atenção leres o que eu escrevo para trás encontrarás nessa, a minha preocupação e fio condutor prevalecentes!
Eu não quero esgrimir contigo a existência ou inexistência de Deus embora tenha o direito a Nele acreditar como acho que tu tens, pela inversa, iguais direitos também e essa é a preocupação explícita deste meu poema.
Tu é que parece que queres esgrimir quando eu apenas quero decretar não a guerra mas a Paz Santa!
Relaxa homem!
Abraços
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Novembro de 2009
Concordo com a Manela, dar a cara, o Zé dá-a, nós só damos a caneta!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Novembro de 2009
LINDA SIMÕES
Minha Querida,
Obrigado, e já que me dirijo a Si, a Deus também o faço!
Um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Novembro de 2009
JOSÉ FERREIRA
De caneta em riste
logo me viste
e te riste
Aposto!
Quanto ao que à Linda Lhe escreves:
É certo que fazer sem saber pode ter implicações catastróficas mas também é certo que sem fazer não há saber e que é a errar que verdadeiramente se aprende.
E nisto, invocar ou não o Santo Nome é em vão nem é para aqui chamado!
Estou farto de te dar abraços, vai uma palmadinha!?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Novembro de 2009
Caro Jaime,
Estou relaxado, descansa.
Evocares Kant, é para mim sobejamente relaxante.
Contrapor essa teoria (razão pura, a critica dela) à estética, será algo que não consigo vislumbrar sem considerar um imenso campo de especulação, difícil de fugir ao subjectivismo, ou se quiseres, à prática da dialéctica.
Aduzirei ainda, que se atentamente leste o que escrevi, também eu não quero proclamar, tão pouco exacerbar guerras, ao contrário, pretender promover a prática do respeito pelas crenças e ideias dos outros.
Ao expor as minhas, abertamente, sem qualquer sentido ou intenção de ideação sofismática ou deliberadamente indutora, não estarei certamente a esgrimi-las.
Um abraço,
Zé
Olha lá que já me dói o dedo de tanto escrever!
De caneta em riste, me fizeste rir, sobretudo em defesa da Linda Simões.
Quando estava no activo, aprendi e pratiquei,algumas vezes, uma das máximas em gestão:
"mais vale fazer alguma coisa, mesmo que errado, do que não fazer nada"
Com a experiência, aprendi que nem sempre este procedimento é passível de conduzir a bons resultados, salvo se ao pratica-lo, implique que tenhamos consciência, sabendo dos riscos, (tendo saber) do que implicará, em contraponto, se não fizermos nada.
É de facto fundamental saber para fazer, ou deixar de o fazer.
Aceito que " errare humanum est" como excepção na aprendizagem, não como regra.
Caso contrário, compreender-se-ia melhor como os nosso filhos, hoje em dia, passam nos exames com tão poucos conhecimentos!
Zé
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
Assim sendo, mantenhamo-nos relaxados!
Quanto ao teu segundo comentário e a propósito da expressão errare humanum est, só para te dizer que produzi-la implica muito saber e muito saber implica, por demais, aprender com o que se fez e errou ...
Quanto aos teus filhos:
Eles saberão, por certo, as dificuldades e os erros com que se confrontaram num sistema de ensino a rebentar pelas costuras!
Riste-te!?
Folgo em sabê-lo!
Abraços, teu
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Novembro de 2009
CAROS LEITORES
Caríssimos,
Só à noite poderei aqui voltar.
Um bom dia a todos e até logo!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Novembro de 2009
Ao José Ferreira
As ideias precisam , para atingirem a maturidade,de abalos e discussões...O desenvolvimento se efetua sem lutas?...
"Cuidemos de instruir-nos, mas não nos injuriemos"...
Saber é um bem... Ignorância é falta de conhecimento.É não procurar saber...
...
Um abraço
...
Jaime, obrigada pela defesa!
Podem rir, os dois...
Eu fico aqui,rindo também?
HiHiHi
Manuela,
"Como cantar a canção doSenhor numa terra estranha" ?
...
Bijinhos aos três
Linda
...
um abraço!
Manuela
BIJINHO
Lindinha,
Numa terra estranha canta-se porque ao canto, quer as gentes, quer o Senhor a entendem sem que dela seja precisa tradução!
É como um bijinho, por mais estranho que pareça todos o entendem e sabem para que serve.
Não me agradeça a defesa porque, insisto, é isso mesmo que eu acho:
Sem erro não há verdadeira aprendizagem!
E o que é o erro?
É o que julgamos estar a fazer bem estando a fazer mal e do qual só nos apercebemos porque fizemos mal ...
Bijinho!?
Bem ou mal que assim seja!
E se nos ríssemos os quatro!?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Novembro de 2009
HiHiHiHi!!!!!!!!!!!!!
rsrsrsrsrsrsrs!!!!!!!!!
BEIJINHOSSSSSSSS
...
HÁ, HÁ, HÁ!!!
Kissinhos,
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Novembro de 2009
...E os outros?
...
LINDA SIMÕES
Minha Querida,
Pelo Zé Ferreira não posso responder agora, pela Manela, garanto-Lhe que ela já ri, desalmadamente, na cama ...
Não se esqueça que por aqui já vamos umas horitas à frente da menina!
Beijinhos, boa noite e um bom fim de semana
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Novembro de 2009
Beijocas,bom final de semana!
rsrsrsrsrs
LINDA SIMÕES
Há, ah ... eu já acordei e a menina, levanta-se às cinco da manhã!?
O último a rir é quem ri melhor!!!
Jocas,
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Novembro de 2009
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