Metamorphosis
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Será preciso uma desgraça, uma catástrofe ou um cataclismo para se encontrarem as necessárias convergências de esforços, normalmente indisponíveis, ou para se superarem as susceptibilidades individuais, quantas vezes camufladas de ideológicas e que tanto emperram os necessários entendimentos políticos e sociais?
Será preciso bater no fundo para que as solidariedades institucionais ponham de lado o que é supérfluo ou secundário e abracem o que de fundamental importa atalhar?
Será preciso defrontarmo-nos com ultimatos para fazer valer os imperativos colectivos?
Este é o paradigma que, assentando sobre o quanto pior melhor, não consegue, porém, escamotear o que de melhor, em momentos de aflição, vem ao de cima!
O meu paradigma, porém, parte de outras premissas:
Quanto melhor, melhor será!
Assim, se eu superar essas susceptibilidades que tanto e a todos desgastam numa situação em que, colectivamente, se viva uma aparente normalidade, que potenciação de energias não se poderá criar que, criando pontes, abrindo canais de comunicação, a um outro patamar de exigência nos possa conduzir, ele mesmo preventivo de situações de emergência como de catástrofe que mais facilmente e com outra eficácia se poderão, à posteriori, acudir!?
Que valia, assim, acrescentada!?
Que valioso ganho de tempo, deste modo, ao tempo que corre, induzido!?
Que metamorfose nessa bonança sugerida e que tristeza, mágoa e sofrimento assim poderão, por antecipação, senão evitar, pelo menos, mais circunscrever!?
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( Uma vez mais abalado, um dia após outra catástrofe natural, a tempestade Xynthia que sacudiu a Europa e a França em particular, provocando, ela também, dezenas de mortos e muitos prejuízos materiais )
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 1 de Março de 2010
14 comentários:
"Quanto melhor, melhor será!"
Olá Amigo Jaime..!
Quando será então o acontecer deste "melhor..." de que escreve e tão bem... quando será então Querido Amigo Jaime..?!
Beijinhos.
dulce ac
Era uma ideia... não sei se poderia prevenir, mas remediar mais cedo, talvez... Boas ideias, precisam de bons homens (e mulheres), para as porem em práctica! Abraço
DULCE AC
Desde já, porque não, minha Amiga!?
Veja:
Eu não fico à espera do quanto pior para melhor desejar, vejo o melhor para que melhor possa ser!
As desgraças como a ocorrida na Madeira são disso um bom exemplo:
No que é que deu o pior que na quebra das solidariedades institucionais se desejaria para, agora, subitamente se querer o melhor!?
Não teriam ficado todos a ganhar no reforço das solidariedades institucionais em vez de na crispação permanente e cada vez mais cavada!?
E que desgaste implícito, sim, porque estas coisas têm um preço!?
Será que não aprendemos nada com elas, com as catástrofes!?
Ou será que passada a aflição, curta que tantas vezes é a memória, volta tudo à estaca zero!?
Para quando será?
Para quando cada um de nós o queira também e eu, pela minha parte, cultivo essa atitude!
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Março de 2010
EVA GONÇALVES
Querida Amiga,
Exactamente, é assim mesmo!
É a minha Amiga, como o escreve, uma boa mulher!?
Então já somos, pelo menos, dois ( uma mulher e um homem )!
Mas somos mais, muitos mais de certeza!!!
Um beijinho e uma boa noite
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Março de 2010
Jaime,
..."Será preciso bater no fundo para que as solidariedades institucionais ponham de lado o que é supérfluo ou secundário e abracem o que de fundamental importa atalhar?"
Criar pontes.Fazer sempre o melhor.
E um novo mundo será possível.
Hoje.
Um abraço,
Linda Simões
Bom dia..!
Jaime, também eu me junto a Vós, já somos 3, 4 , 5...
E que venham Outros
Que venham muitos mais...!!
Beijinhos para todos os meus amigos que por aqui vão estando..
dulce ac
Jaime...
Sorry, fui eu que na pressa habitual me repliquei no mesmo comentário
and...eliminei um..!
Bom Dia de novo,
beijinhos.
LINDA SIMÕES
Querida Amiga,
Pois é, pontes é o que nós criamos por aqui e ainda que não se vejam ...
... mas vêem, basta seguir estas nossas caixas de comentários!
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Março de 2010
DULCE AC E REPLICADA RÉPLICA
Não se esqueça de contar também com o que escreve a dobrar como reforço positivo e ainda que tenha sido eliminado!!!
And so, more then six ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Março de 2010
Quando queremos atravessar um rio
é sempre bom que já exista uma ponte, ou teremos de dar uma enorme volta para o contornar, ou nadar, ou ter um barco para ir de uma margem à outra.
Se estivermos zangados com os nossos vizinhos que moram na outra margem, nem construimos a ponte nem atravessamos o rio!
Esta é a chamada doença infantil da ausência de pontes. Muitos governantes padecem dela e muitos governados adoram que ela exista...
Era melhor, se há partida nos entendessemos? Era! Uns engolem sapos e apertam as mãos, outros dizem "O tempo que nós perdemos!" e uns terceiros "Finalmente!"
Não sei se é preciso isto tudo...aprende-se aprendendo!
Fui confusa? Ora chamem aí o engenheiro,de pontes, claro!
Manuela
Olá Jaime e Manuela,meus amigos
Enquanto o engenheiro das pontes não vem à liça,veio-me à "memória" e fui "pescar" um poema que o Jaime me enviou por mail no dia 8/11/2008.
As pontes continuam firmes.
Tem faltado a coragem para a travessia.
À espera de acalmia envio um abraço e partilho com todos as palavras do Jaime:
A FAZEDORA DE PONTES
Faz as pontes aos caminhos
Apartados desiguais
Onde se escondem sozinhos
Os olhares que querem mais
-.-
Querem viver como tais
Recobertos por seus linhos
Reféns por serem leais
Como flores de verdes pinhos
-.-
Cuida delas com ancinhos
Tecedeira de seus ais
Junta as águas destes vinhos
-.-
Funde anseios nos canais
Cruza as margens aos destinos
Dá as mãos por onde vais
-.-
Dedicado a Ana Cristina Venâncio, a fazedora de pontes
-.-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 8 de Novembro de 2008
MANUELA BAPTISTA
Cá estou para te dizer que é isso mesmo, aprende-se aprendendo, isto é, dando-nos conta das nossas limitações ...
Já lá vai o tempo dos reizinhos e que disto me desculpe a realeza que não é para aqui chamada!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Março de 2010
ANA CRISTINA
Nini,
Ai, ai, anseava por Si e quando me faz destas fico não só atordoado como confundido!
Um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Março de 2010
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