SLOW DOWN

Há mais de dois anos, ainda antes de ter criado este meu blogue, como vêm sou um navegador recente das auto-estradas da informação, que diariamente circulo por aí, me correspondo por mail, crio não apenas as páginas deste meu blogue mas transbordo também para outros numa catadupa criativa aparentemente sem fim, enxurrada diária que, por vezes, excede todos os limites.

Cantei uma Sonatina e, de repente, o ritmo a que tenho estado sujeito abrandou num súbito slow down:

Nem mensagens significativas de correio electrónico, nem novas páginas nos blogues que normalmente frequento, nem diálogos que se consubstanciem, nem notícias que mereçam um particular destaque, apenas esta vontade que aqui me amarra, não sei se vício se persistência ou se desentediamento de fim de noite, relato de um adormecimento entorpecido de cansaço.

Sem nada mais de relevante a reportar-Vos encerro a noite assim:

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Cai

cai o silêncio abrupto

e incomodado ausculto

quanto nele se esconde e dele sai

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( No dia em que como em todos os dias uma desgraça anónima não é noticiada )

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Beethoven, 4ª Sinfonia, Adagio

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Jaime Latino Ferreira

Estoril, 5 de Março de 2010