Paolo Pagnini, Astratto sui fossi
Se o incumprimento se generalizasse, o que aconteceria aos credores?
Eu estou à vontade para falar já que não tenho dívidas e faço por cumprir as minhas obrigações, nomeadamente as fiscais.
No entanto, de que consolo me servirá tal facto se, como os demais, vou sentindo os efeitos da crise que, paulatinamente e por arrastão, sobre todos se vão, cega e implacavelmente, abatendo ...!?
Depois das persistentes investidas sobre a periferia, chegou agora a vez do coração da Europa sentir a pressão dessa entidade mítica a que se convencionou chamar mercados.
A Bélgica ...!
E quem, a ela, se seguirá!?
Se o incumprimento se generalizar, repito, o que acontecerá aos credores!?
Tenho para mim que a economia é uma realidade, ela também, virtual que, nos sinais que projecta, nem sempre traduz ou dificulta mesmo a compreensão, a tradução daquilo que se passa e se, assim temos conseguido viver ao correr dos anos, o que acontecerá no dia em que todos, devedores como credores, já que uns não passam sem os outros, em que todos, escrevia, caírem em incumprimento!?
remeto, uma vez mais, para a minha carta a um economista
Concerto de Brandenburg
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Janeiro de 2011
Se o incumprimento se generalizasse, o que aconteceria aos credores?
Eu estou à vontade para falar já que não tenho dívidas e faço por cumprir as minhas obrigações, nomeadamente as fiscais.
No entanto, de que consolo me servirá tal facto se, como os demais, vou sentindo os efeitos da crise que, paulatinamente e por arrastão, sobre todos se vão, cega e implacavelmente, abatendo ...!?
Depois das persistentes investidas sobre a periferia, chegou agora a vez do coração da Europa sentir a pressão dessa entidade mítica a que se convencionou chamar mercados.
A Bélgica ...!
E quem, a ela, se seguirá!?
Se o incumprimento se generalizar, repito, o que acontecerá aos credores!?
Tenho para mim que a economia é uma realidade, ela também, virtual que, nos sinais que projecta, nem sempre traduz ou dificulta mesmo a compreensão, a tradução daquilo que se passa e se, assim temos conseguido viver ao correr dos anos, o que acontecerá no dia em que todos, devedores como credores, já que uns não passam sem os outros, em que todos, escrevia, caírem em incumprimento!?
Incumprimento no pagamento das dívidas, incumprimento na cobrança destas e dos juros ...!
Isto é, em que todos forem confrontados com a impossibilidade de continuarem a viver acima das suas possibilidades!?
Sim, porque aquele que empresta, não vendo realizados os seus créditos, não estará, ele também e pese, para mais, a exorbitância dos juros que cobra, a viver acima das suas reais capacidades!?
Pela terceira vez, repito:
Se o incumprimento se generalizar, por arrastão e contágio, o que acontecerá aos credores já que eu, se não tenho dívidas, também não sou prestamista e, logo, deveria ficar ao abrigo da tempestade que a uns como aos outros os assola!?
Ou terei de ser eu como os demais em idênticas condições às minhas, a arcarmos com o incumprimento e com o risco a que, quer uns quer outros, credores como devedores, mantendo-nos à beira do afogamento, à tona de água, no limiar do sufoco, persistem em sujeitar-nos!?
Há aqui uma injustiça fundamental que se torna, pelas derivas sinuosas e desregradas que teimam em impôr-se, essa sim, completamente insustentável!
Insustentável, repito.
Isto é, em que todos forem confrontados com a impossibilidade de continuarem a viver acima das suas possibilidades!?
Sim, porque aquele que empresta, não vendo realizados os seus créditos, não estará, ele também e pese, para mais, a exorbitância dos juros que cobra, a viver acima das suas reais capacidades!?
Pela terceira vez, repito:
Se o incumprimento se generalizar, por arrastão e contágio, o que acontecerá aos credores já que eu, se não tenho dívidas, também não sou prestamista e, logo, deveria ficar ao abrigo da tempestade que a uns como aos outros os assola!?
Ou terei de ser eu como os demais em idênticas condições às minhas, a arcarmos com o incumprimento e com o risco a que, quer uns quer outros, credores como devedores, mantendo-nos à beira do afogamento, à tona de água, no limiar do sufoco, persistem em sujeitar-nos!?
Há aqui uma injustiça fundamental que se torna, pelas derivas sinuosas e desregradas que teimam em impôr-se, essa sim, completamente insustentável!
Insustentável, repito.
remeto, uma vez mais, para a minha carta a um economista
Concerto de Brandenburg
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Janeiro de 2011
7 comentários:
?????????????????????????
sei lá!
nós pagamos sempre aquilo que não devemos,
ou pelo menos, aquilo que outros esbanjaram e tão mal geriram
os economistas apenas servem para dizer, que as mulheres, governam melhor do que eles...
manuela
MANUELA BAPTISTA
Nunca ouviste dizer que a melhor maneira de afirmar consiste em perguntar!?
Quanto às mulheres ... sem cair em generalizações sempre perigosas de fazer, sinto-me, no entanto, tentado a dar-te razão!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Janeiro de 2011
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Muito bem Manuela...mais mulheres ao poder..Já..!!
Para precisamente não nos irmos no "arrastão"...
"Há aqui uma injustiça fundamental que se torna, pelas derivas sinuosas e desregradas que teimam em impôr-se, essa sim, completamente insustentável!"
Absolutamente de acordo Jaime.
Estou também apreensiva quanto ao futuro, muito mesmo.
Beijinhos amigos.
dulce ac
DULCE AC
Querida Amiga,
Eu, então, prefiro dizer que há muitos sinais contraditórios e que, muitas vezes, é por linhas tortas que o futuro se escreve ...!
Quanto ao mais, se como a minha Amiga, eu também estou apreensivo, não quero perder o optimismo que em relação ao futuro faço por guardar!
E quanto à pergunta que como refrão desta página nela vou repetindo, quem a ela me responde!?
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Janeiro de 2011
Jaime
Meu amigo
Disse, e disse muito bem; é por linhas tortas que o futuro, muitas vezes, se escreve...
O termo que escolheu para esta reflexão é por demais elucidativo. Na realidade, por arrastão vamos todos; os que sempre se insurgiram e os que sempre se calaram, os que devem e nunca temeram nada e os que não devendo, há muito se sentem temerosos.
A bolha é muito maior do que se pensava! É tão grande que cabemos todos lá dentro. Uns porque a criaram, outros porque se inebriaram e os outros, muitos, que lá estão por arrastão.
E assim estamos, todos juntos nesta alhada, à procura de uma bóia que nos salve do dilúvio que corre por linhas tortas, há tanto tempo já, a escrever o futuro.
Eu acredito que um dia, ainda haverá consenso, no reconhecimento de que a Mulher tem maior capacidade para governar. No reconhecimento, repito, porque ter já ela a tem. Essa e outras que tornariam o mundo um lugar mais equitativo e mais sensatamente equilibrado e justo.
Um beijinho
MARIA JOÃO
Querida Amiga,
Ora esta, longe estava eu de com esta página desencadear uma onda feminista que logo a Manela se encarregou, à cabeça, de atiçar!
Não me interprete mal ...!
Capacidades:
Se as tem a mulher, se as tem!!!
Rendo-me!
Um outro beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Janeiro de 2011
ARRASTO I
20 045 = + 85 visitas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Janeiro de 2011
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