segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ESCALADA

Escada acima
subo a tempo
com a escalada
do vento
alpinista
quanto invento
escalo a vida
sem sustento
escala
oitava
instrumento
subo
se paro um momento
olho a vista
e nem comento
pois se falasse
não via
morria o instante
que fito
sem silêncio
e num tormento
-
Caem os muros que cegam
a vista do que eles não negam
-
( Nos vinte anos sobre a Queda do Muro de Berlim )
-
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 9 de Novembro de 2009

8 comentários:

manuela baptista disse...

Há vinte anos foi uma festa!
Nesse dia fomos todos Berlinenses.

Bela poesia!

Mas se os muros cegam, continuam a existir homens que têm prazer em murar os outros homens.

Manuela Baptista

Jaime Latino Ferreira disse...

MANUELA BAPTISTA


Ah pois!

Mas essas são as implicações, inadiáveis implicaçoes que da Queda do Muro de Berlim tarda em levar à queda dos muros, de todos os muros ...!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Novembro de 2009

Linda Simões disse...

Sem muros,sem fronteiras,sem cegueira...

Que caiam os muros da hipocrisia,da ignorancia,da covardia...

...

Belo poema mesmo,Manuela.Faço coro.


Beijocas aos dois

Jaime Latino Ferreira disse...

LINDA SIMÕES


Há muros que não são de esquerda nem de direita, são muralhas que nos cegam:

O muro que se ergue e que vê superioridade moral à esquerda desprezando a direita ou o muro que se ergue e à direita a vê como força moral que não residiria à esquerda, por exemplo.

É como pensar, unilateralmente (!), que alguma coisa poderíamos ser anulando qualquer uma das nossas lateralidades ou branqueando a História!

É como não perceber que a Leste da Europa é a esquerda que faz o seu luto como a Ocidente a direita pelas tentações totalitárias em que ambas se deixaram historicamente enredar ...!

Um beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Novembro de 2009

Dulce AC disse...

Nesta Terra
Ou neste Mar
Seja onde for
Em qualquer Lugar

Quero este Sentir
E este Sentido tão próprio
Que é o Meu!

E que seja com Quem eu quiser
Não precisam ser todos
Não precisam ser muitos
Alguns...

Quero Ser Livre!
E que a minha liberdade não implique com nenhuma outra.

E que Sim!
Que caiam todos os Muros
Os que vejo e os Outros
Que sei estão lá...
Que toldam e aniquilam
Pensamentos e palavras
Actos e omissões.

Temos todos o direito:
À diferença
A Sermos a melhor expressão de nós mesmos
Sempre com respeito aos Outros
Não perdendo jamais a dignidade e o carácter.

Sim!
Que caiam Todos os muros
Os que vejo e os Outros!

Jaime,
Sem qualquer bajulação
E com um Sentir muito próprio
o meu,
de Sentida Consideração e grande Estima,

Muito Bonito o Seu poema.

Um beijinho,

Sua,
Dulce Antunes da Costa

Jaime Latino Ferreira disse...

DULCE AC


Minha Querida,

Muito bem e o meu muito obrigado!

Que tal na Garrett do Estoril, nós os três ou com quem quiser trazer, sabe onde fica!?

Um beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Novembro de 2009

Dulce AC disse...

Jaime,
Olá!

Que agradável inesperado

Claro que Sim!
Vamos combinar:
Encontrarmo-nos os 3
na Garrett do Estoril
Ou os 4...
Gostava que se juntasse a nós
Alguém que muito Considero
Que penso conhecem,
E eu também.

E que foi Ele o responsável por estar Hoje
Onde estou,
Inquestionavelmente,
Mais à frente...

Vou falar-lhe
Sem pressas com tempo,
neste tempo ainda, de 2009.

Beijinhos,

dulce ac

Jaime Latino Ferreira disse...

DULCE AC


Adivinha quem será
esse Alguém que Te trará ...!?

Deixe o tempo correr sem pressas que a seu tempo se verá!

Beijinhos


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Novembro de 2009